Suspeito de desvio milionário de verba partidária, ele estava foragido desde quarta.
O presidente do Solidariedade, Eurípedes Gomes Júnior, se entregou à Polícia Federal (PF) em Brasília. Ele estava foragido desde a última quarta-feira (12) e, segundo a corporação, permanecerá sob custódia até liberação para ingresso no sistema penitenciário.
De acordo com a PF, Eurípedes se entregou à polícia acompanhado do advogado, por volta das 11h45. Ele é alvo de operação que apura supostos desvios de recursos, nas eleições de 2022, dos fundos partidário e eleitoral do partido PROS – que foi incorporado pelo Solidariedade no ano passado.
A defesa de Eurípedes afirmou que será provada perante a Justiça “a insubsistência dos motivos” para prisão e a “total inocência” do dirigente partidário (leia na íntegra abaixo).
Em nota, o Solidariedade informou que Eurípedes solicitou licença da presidência da legenda por prazo indeterminado. O deputado federal Paulinho da Força (SP) assume o comando nacional da sigla.
As investigações começaram a partir de uma denúncia feita por Marcus Vinicius Chaves de Holanda, que foi presidente do PROS. Ele acusou Eurípedes Júnior de desviar cerca de R$ 36 milhões do partido.
Na operação da última quarta-feira (12), os policiais tentam bloquear e indisponibilizar R$ 36 milhões e 33 imóveis do grupo.
Na ocasião, Eurípides não foi encontrado em casa pelos agentes durante a operação. Ele tinha uma viagem marcada, mas também não compareceu ao aeroporto. O dirigente partidário chegou a ter o nome incluído na lista vermelha da Interpol, antes de se entregar neste sábado.
Além de Eurípides, foram alvos dos mandados de prisão:
- Cintia Lourenço da Silva, primeira tesoureira do Solidariedade. Ela foi presa.-
- Alessandro, o Sandro do PROS, que foi candidato a deputado federal. Também foi preso.
- Berinaldo da Ponte, ex-deputado distrital do Distrito Federal.