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Antigo Canecão só poderá ser centro cultural, garante UFRJ

Reitor diz que espaço receberá artistas consagrados e novos nomes.

Depois de mais de oito anos fechado, o prédio onde funcionou o Canecão deve ser demolido para dar lugar a uma nova estrutura, mas o “espírito” da antiga casa de espetáculos cariocas será respeitado. De acordo com Roberto Leher, reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a empresa que ganhar a licitação e receber a concessão de uso do terreno terá que construir no local um centro cultural, com destaque para shows de música.

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A ideia é garantir no contrato que a cidade voltará a ter um palco para apresentação de artistas nacionais e internacionais, de gêneros musicais variados. Após várias tentativas frustradas de reabertura da casa, a UFRJ pediu ao BNDES para ajudar a escolher consultorias que vão desenvolver modelos para licitar o antigo Canecão e outros imóveis da universidade. Em vez de pagar aluguel pelo uso das instalações, os vencedores deverão construir ou reformar restaurantes, alojamentos para universitários e gabinetes para professores.

Aquele espaço vai seguir a tradição do antigo Canecão, que era de lançamento de grandes expressões musicais. Vai ser necessariamente um grande Centro Cultural. É um compromisso que temos com a cidade do Rio de Janeiro, que tem expectativa de reencontrar aquele espaço tão simbólico para a cultura e para música popular brasileira disse o reitor da UFRJ.

O conceito da casa, explica o reitor, será de palco aberto tanto a artistas consagrados como a novos nomes. Um espaço para abrigar desde shows de Chico Buarque até apresentações de músicos de comunidades cariocas.

Será melhor que o Canecão. Temos a expectativa de que aquilo que existia no Canecão possa acontecer no nosso espaço: o melhor da música popular brasileira, de novas expressões da MPB, de artistas consagrados. Mas vamos também inovar com outras linguagens que estão pulsando na sociedade e que não têm espaços adequados de veiculação. Como, por exemplo, expressões musicais de favelas e a nova música produzida em universidades  disse Leher.

OBRA DE R$ 50 MILHÕES

Sem condições técnicas de ser restaurado, o prédio deve ser demolido. No endereço, um novo edifício será erguido pela empresa ganhadora da licitação. O projeto, diz o reitor, será feito em conjunto com a UFRJ. A obra não deve custar menos de R$ 50 milhões.

Fizemos estudos e concluímos que não há como reaproveitar o prédio. É preciso demolir e fazer outro. A única coisa que vamos aproveitar ali é o painel do Ziraldo, que é muito importante que deve circular pelo país e pelo mundo.

O Ministério da Cultura pretende colaborar com a restauração do mural “A última ceia”, pintado por Ziraldo em 1967. No ano passado, o Canecão completaria 50 anos. Mas uma briga judicial entre o administrador do imóvel e a UFRJ, dona do terreno, acabou com o fechamento do espaço, em 2010.

Construímos com o BNDES um projeto bastante ambicioso de avaliação dos ativos gerais da universidade, de terrenos, de áreas subutilizadas ou que não estão sendo utilizadas. Estamos fazendo avaliação de áreas da Praia Vermelha, do Centro, na Praça da República, e fragmentos de terrenos na Cidade Universitária. Cada área teria uma concessão explicou Leher.

Fonte: Jornal O Globo

 

 

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