Governo Temer completa dois anos como o mais impopular e perde o rumo

Governabilidade em xeque aprofunda crise política no Brasil.

Dois anos depois, Temer hoje tem reprovação popular recorde, perdeu o apoio oficial do principal aliado, o PSDB, e seu campo de apoio está fragmentado, tendo pelo menos seis pré-candidatos à sua sucessão. Promessas que ficaram no discurso foram a “busca permanente de controle e apuração de desvios” e a “blindagem da Lava Jato contra tentativas de enfraquecê-la.”

Nos seus dois anos de gestão, o emedebista viu recrudescerem contra ele e ministros de seu governo suspeitas de corrupção. Temer foi alvo de duas denúncias feitas pela Procuradoria-Geral da República e dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal, investigações que lhe minaram o capital político e tiraram as chances de aprovação da reforma da Previdência.

Na relação com o Congresso, o emedebista começou sua gestão com uma base de apoio de mais de 300 deputados, o que lhe permitiu aprovar em 2016 a mudança na Constituição que estabeleceu o congelamento dos gastos federais. Com a eclosão do escândalo da JBS no ano seguinte, porém, sua base passou por encolhimento gradual.

Mais impopular desde Collor

“O povo precisa colaborar e aplaudir as medidas que venhamos a tomar.” Do discurso de 12 de maio de 2016 à realidade, Michel Temer completou dois anos de uma gestão que, na média, é a mais impopular desde pelo menos o fim da ditadura militar.

Abatido por greve de caminhoneiros, Temer vê governabilidade ameaçada

Em pleno ano eleitoral, o presidente enfrenta dificuldades para aprovar medidas no Congresso. Greve de caminhoneiros piorou ainda mais a situação ao mostrar a lentidão na reação do governo que enfrentará agora outra greve, a dos petroleiros.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou o decreto editado por Michel Temer para autorizar o envolvimento das Forças Armadas no esforço para a liberação das estradas bloqueadas por caminhoneiros. “Isso é coisa típica de governo fraco”, disse Maia ao blog na noite desta sexta-feira.

A tinta da caneta do presidente Michel Temer está secando e o brilho dela já é uma vaga lembrança. Em outros anos eleitorais, o poder presidencial de sanção ou veto, de liberação de emendas, autorização de obras e demais medidas voltadas para a população criaram uma estrutura política capaz de garantir votos e a reeleição. Mas não é para este rumo que o governo federal se encaminha. E a paralisação dos caminhoneiros foi o xeque-mate. A demora em perceber e reagir aos protestos escancarou uma situação de fragilidade que, agora, compromete a capacidade de aprovar medidas no Congresso. E tudo se encaminha para a perda da capacidade do MDB em ser o protagonista na união do centro em torno da pré-candidatura de Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda.


Magé/Online.com – Notícias 

 

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