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Foi necessária a utilização de duas vans e dois ônibus para o transporte até a Cidade da Polícia.
Uma operação da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) desmantelou, na tarde deste sábado (11), uma rinha de galo que funcionava clandestinamente na zona rural de Araruama, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Civil, 88 pessoas que estavam no local foram levadas para prestar depoimento na Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio. Elas podem responder por associação criminosa, apostas ilegais e maus-tratos contra animais, crimes previstos na legislação brasileira.
De acordo com as primeiras informações, as equipes chegaram ao endereço após denúncias anônimas que apontavam a realização rotineira de rinhas no local, além de movimentação de dinheiro com apostas de alto valor. Ao chegarem ao sítio onde o evento acontecia, os agentes flagraram galos feridos, gaiolas, arena equipada para combates, seringas, esporas de metal e medicamentos veterinários usados para dopar os animais.
Como os detidos eram em grande número, foi necessária a utilização de duas vans e dois ônibus para o transporte até a Cidade da Polícia, onde todos estão sendo identificados. Entre os conduzidos estariam apoiadores do evento, apostadores e possíveis organizadores, que ainda estão sendo investigados.
A Polícia Civil informou que os animais resgatados serão encaminhados para avaliação veterinária e, posteriormente, para centros de proteção ou instituições especializadas. O número exato de galos encontrados ainda não foi divulgado oficialmente.
Crime e penalidade
Promover rinhas de animais é crime no Brasil, previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/98), que estabelece pena de detenção de três meses a um ano e multa, podendo ser aumentada em caso de morte ou sofrimento extremo causado aos animais. Caso seja comprovada também a prática de jogos de azar e associação criminosa, as penas podem ser agravadas.
A operação segue em andamento para identificar os responsáveis pela organização do evento e apurar a possível existência de uma rede criminosa atuando na região com a realização de rinhas.
