O Rio de Janeiro registra, até esta quarta-feira, 59.240 infectados e 6.010 mortes.
O não-cumprimento das recomendações da Organização Mundial de Saúde, somado às denúncias de corrupção na compra de respiradores e na construção de hospitais de campanha, são algumas das informações que constam da denúncia que a deputada Estadual e presidenta da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Renata Souza, enviou à Organização Mundial de Saúde (OMS), nesta quarta-feira.
O objetivo da denúncia, segundo o documento, é “trazer ao conhecimento da OMS e das Nações Unidas a situação preocupante do estado do Rio de Janeiro e a ação pouco responsável de seu governador, que resultará em um número ainda maior de pessoas contaminadas e mortas pela COVID- 19”.
Renata Souza destaca a gravidade das denúncias contra Witzel e sua gestão. Além disso, para a deputada, o governador do Rio cedeu a pressões políticas, colocando em risco a vida da população.
A sólida evidência de corrupção nos contratos de tal relevância no momento em que vivemos uma pandemia levou vários setores a exigir o impeachment do governador. Inclusive, a base de apoio do presidente da República, que há muito pressionava o governo do estado a relaxar as medidas restritivas adotadas para combater a Covid-19. O que acabou acontecendo, efetivamente, esta semana. Por isso, o denunciamos. Afinal, a vida das pessoas não pode ser colocada em risco por pressão política explica a deputada.
Dias após estas denúncias, Witzel anunciou o relaxamento das medidas de restrição para impedir o avanço da Covid-19 no estado. O Rio de Janeiro registra, até esta quarta-feira, 59.240 infectados e 6.010 mortes.
Segundo pesquisa científica realizada por especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe / UFRJ e Faculdade de Medicina), o Estado do Rio de Janeiro atingirá o pico da epidemia de coronavírus a partir de meados de junho, com um total de 71 mil infectados. A conclusão do estudo é que não deve haver reabertura da economia neste momento, conforme foi determinado pelo governo do estado. Pelo contrário, medidas ainda mais restritivas, como o bloqueio, por exemplo, devem ser adotadas.
Magé/Online.com – Notícias