‘O enoturismo no Rio de Janeiro movimentará mais recursos do que o turismo de praia’, aposta a sommelière Deise Novakoski.
A produção de vinhos no Estado do Rio de Janeiro já não é novidade faz tempo. A qualidade, tampouco. Mas passada a fase de descobertas, é hora de entender o que está por trás da viticultura fluminense. Municípios como Teresópolis, Petrópolis, Areal e São José do Vale do Rio Preto se destacam. Saem de lá as opções para todos os bolsos e ocasiões, inclusive para quem quer preparar aquele jantar em casa e impressionar com produto local. Afinal, o Dia dos Namorados vem aí…
Clima ameno, altitude, solos específicos e um ambiente favorável ao desenvolvimento de videiras são algumas das características da região da Serra Fluminense que se sobressaem nessa produção. Como resultado, os rótulos “made in Rio” ganham destaque até em festivais que costumavam abrir mais espaço às bebidas vindas do Sul do Brasil e que, agora, se rendem à vinificação autoral praticada por aqui.
A sommelière Deise Novakoski, craque no assunto, surpreendeu-se com o sauvignon blanc da Tassinari, que fica em São José do Vale do Rio Preto, a 70km de Petrópolis.
Ainda é cedo para falar com clareza das características, mas nós consumidores precisamos consumir, apoiar e valorizar esse momento histórico. O enoturismo no Rio de Janeiro movimentará mais recursos do que o turismo de praia aposta ela.
O vinho que surpreendeu Deise sai por R$ 160 e, segundo a sommelière, vai bem com queijo de cabra com mix de folhas que você pode preparar de entrada em sua casa e impressionar o(a) date.
Tour: passeio para beber e comer
Na cidade serrana em que é a bebida é feita, a visitação à Tassinari dura menos de duas horas e sai por R$ 155, incluindo a prova de três rótulos, uma tábua com queijos, charcutaria e pães de fermentação natural, além de tour aos vinhedos e cafezais.
Outra sommelière antenada à região e de olho no que vem sendo engarrafado em solo fluminense, Elisa Torres defende o syrah da mesma vinícola (R$ 140):
É ideal para carnes não tão pesadas, como fraldinha ou filé mignon, tudo grelhado, ragu de cordeiro, costelinha suína com molho agridoce ou até mesmo um franguinho.
Vale a viagem para conhecer
Outro destaque da Serra e dona de um syrah almejado é a Casa Rozental, de Secretário, em Petrópolis. É uma empresa familiar fundada há três anos, mas com preços um pouco mais altos: o sauvignon blanc sai a R$ 165; e o syrah, a R$ 185.
Para quem quiser dar um pulo lá e conhecer a produção, vale dizer que ela é bem artesanal, com garrafas numeradas e as melhores uvas, colhidas manualmente. Para este ano, entram no portfólio da casa um marselan e cabernet franc, além de um branco ainda surpresa. A visita ao local custa R$ 150, com direito à harmonização de três rótulos. Importante saber: a vinícola é toda plantada em platôs, a primeira do Rio com este desenho.