VACINA BRASILEIRA CONTRA CÂNCER DE PRÓSTATA COMEÇA A SER TESTADA NOS EUA

Pesquisadores brasileiros têm avançado no conhecimento do câncer de próstata.

No último domingo do Novembro Azul, mês mundial de combate ao câncer de próstata, avanços importantes na luta contra a doença. Uma vacina brasileira começa a ser testada nos EUA. Enquanto o Instituto do Câncer, no Rio de Janeiro, investiga a genética do homem brasileiro com o objetivo de personalizar os tratamentos.

Uma vacina brasileira contra o câncer de próstata, criada pela médico gaúcho Fernando Kreutz, começou esta semana a ser testada nos Estados Unidos. No Instituto Nacional do Câncer no Rio, a equipe do doutor Franz Campos acaba de iniciar uma pesquisa para entender por que a doença no Brasil parece ter um comportamento diferente do resto do mundo.

“A genética do homem brasileiro é que está sendo estudada e que nós vamos estudar nos próximos três anos”, conta o Dr. Franz.

O câncer de próstata afeta a glândula localizada abaixo da bexiga e que envolve a uretra, canal que liga a bexiga ao orifício externo do pênis. É o tipo de tumor mais frequente entre os homens, depois do câncer de pele.

De acordo com padrões internacionais, cerca de 30% dos casos positivos são de alto grau, ou seja, mais agressivos. Mas a média de tumores de alto grau no Inca é quase duas vezes maior.

Sequenciadores de última geração vão decodificar as células que provocaram a doença nos participantes da pesquisa. O objetivo é conhecer o perfil genético dos tumores para desenvolver tratamentos individualizados para a população brasileira. Os equipamentos ultrarrápidos comprados este ano para a pesquisa vão fazer a decodificação genética das amostras de tumores de 980 pacientes, todos voluntários.

A vacina do doutor Fernando Kreutz também promete tratamentos individualizados. Depois de 25 anos de estudos no Brasil, ela recebeu sinal verde da FDA, Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos.

💉 Como funciona a vacina?

Fragmentos do tumor do paciente são retirados. As células cancerígenas são expandidas e modificadas em laboratório. E depois utilizadas para ativar o sistema imunológico do próprio paciente.

Na última terça-feira, o primeiro de um total de 280 voluntários retirou fragmentos do câncer de próstata para a pesquisa em solo americano. Segundo o doutor Fernando, se tudo der certo, a FDA pode autorizar o registro da vacina brasileira dentro de dois anos.

As duas pesquisas podem beneficiar milhares de pacientes nos próximos anos. A expectativa é que os casos de câncer de próstata devem dobrar até 2040. E o melhor caminho sempre é a prevenção.

 

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