Única Sobrevivente da queda do Boeing da Air India na quinta-feira (12/6) em Ahmedabad (Índia).
O sobrevivente foi identificado como Ramesh Vishwakumar, de 40 anos, um cidadão britânico de origem indiana que estava sentado na poltrona 11A, sobreviveu dentre as 242 pessoas a bordo — 230 passageiros (169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadense) e 12 tripulantes. As outras mortes (total defmais de 290) oram de pessoas que estavam em terra.
O Indo Britânico, disse ter pulado do avião pouco antes do acidente, segundo relato publicado no “Times of India”, que definiu o movimento como uma “escapada milagrosa.”
A aeronave, que iria para Londres, começou a perder altitude logo após decolagem, enquanto sobrevoava uma área residencial. Após a queda, ocorreu uma explosão, formando uma imensa bola de fogo. O assento onde Ramesh estava, fica ao lado de uma saída de emergência. Não foi esclarecido onde Ramesh, que foi visto caminhando para longe do local da queda, “caiu” ao “pular” da aeronave.
Parentes de Ramesh que moram na cidade de Leicester, na Inglaterra. Afirmaram que o homem já falou com a família e disse estar bem. Ajay Valgi, primo do sobrevivente, disse que Ramehs é casado e tem um filho. Ramesh declarou que seu irmão Ajay estava sentado em uma fileira diferente da aeronave. Ramesh pediu ajuda para encontrar Ajay.
Ramesh era o primeiro acento da classe econômica, próximo à frente do avião, e rente à lateral, ou seja, uma poltrona “de janela”.
“Quando vi a saída, achei que conseguiria sair. Tentei e consegui. Talvez as pessoas que estavam do outro lado do avião não tenham conseguido.”
“Ele disse ao irmão Naya Kumar Ramesh que não sabia como tinha conseguido sair do avião, que estava preocupado com nosso outro irmão”. Em entrevista ao canal inglês ITV, Naya explicou que os irmãos Vishwash e Ajay viajavam juntos, mas o segundo não foi encontrado até o momento.
Mesmo sabendo que ele está vivo, e que é um milagre, ainda estou preocupado com o meu outro irmão. Temos amigos que estão lá procurando por ele, mas não temos atualizações até o momento.
Perito aeronáutico Daniel Calazans comenta o caso
“Em um acidente, principalmente em uma colisão, há uma tendência das poltronas se despregarem e ficarem todas acumuladas ali na frente. Então é muito comum as pessoas morrerem por esmagamento. E as [poltronas] que estão atrás, têm menos chances de serem esmagadas”, explica.
Mesmo assim, não é possível afirmar nada com precisão, pois os fatores são múltiplos em casos como esse.
“Quando a gente diz maior probabilidade, não é garantia que as pessoas vão sobreviver. Vai depender muito do acidente, da queda do avião, da altura, de como foi a queda, se o avião teve um deslocamento horizontal ou vertical antes da colisão com o chão…”, pontua o especialista, que também cita outros fatores como impacto e incêndio.
Se tratando de uma aeronave de grande porte, Calazans explica que a possibilidade de sobreviventes é remota. E e aí que entram as coisas que ele considera inexplicáveis.
“Não tem como explicar. Eu acredito muito na mão de Deus. Então, há acidentes em que a aeronave ficou totalmente deteriorada e, mesmo assim, há sobreviventes. Como nós tivemos o caso da Chapecoense, alguns anos atrás”, relembra. “Eu reputo como um caso tecnicamente inexplicável”.