Trump omite ingresso do Brasil em lista de temas de reunião da Otan

Vendida como vitória diplomática pelo governo brasileiro, Trump disse que poderia recomendar o Brasil como membro pleno da aliança militar.

Desde que chegou à Casa Branca, Trump pressiona os demais membros da Otan – principalmente, a Alemanha a arcarem com ao menos 2% do seu produto interno bruto (PIB) com defesa. Os EUA alegam gastar 4% do PIB com defesa. “A repartição de despesas é algo no qual o presidente tem focado”, disse a embaixadora.

 No Salão Oval, Trump falou que houve um aumento “sideral” nas contribuições dos demais membros. “Queremos que nossos aliados trabalhem conosco em uma base igualitária que nos proporcione um guarda-chuva que nos faça fortes. Temos 29 membros agora”, disse Hutchison, destacando a expectativa de ingresso da Macedônia neste ano.

Quando foi criada, em 1949, a aliança militar tinha doze membros e o intuito de garantir a segurança de países da Europa e da América do Norte contra a União Soviética.

A promessa de designar o Brasil como um aliado preferencial dos Estados Unidos fora da Otan foi computada pelo Itamaraty como uma das grandes conquistas da visita do presidente Jair Bolsonaro aos EUA. O status facilita a aquisição de equipamentos e cooperação militares. Mais de uma dúzia de países, como Argentina, Egito, Tailândia, Jordânia e Tunísia já obtiveram o status de aliado preferencial fora da Otan.

No almoço privado na Casa Branca, Trump sugeriu aos brasileiros que poderia ir além e designar o País como um membro da Otan. No Rose Garden, à imprensa, ele repetiu a promessa, mas adiantou que precisaria “conversar com muita gente” para concretizá-la. A possibilidade de tornar o Brasil um membro efetivo, no entanto, é remota pelas próprias normas da aliança e por representar custos ao país.

A Rússia criticou Trump por ter afirmado que poderia trabalhar para que o Brasil fosse um membro pleno da aliança militar. Para os russos, a carta de fundação da aliança não permite a admissão de países latino-americanos. “Não está claro, se (Trump) leu o Tratado de Washington, concretamente o Artigo 10 sobre quais Estados podem fazer parte do bloco”, afirmou o vice-chanceler russo, Alexander Grushko.

Fonte: Veja

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