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Traficantes da Penha e Praça Seca criam uniforme com alusão a chefes locais

Urso’, líder do Comando Vermelho no Complexo da Penha.

Quem lê os comentários nas redes sociais acredita se tratar de um time de futebol do bairro: ‘só craque representando a Penha’; ‘os jogadores vão entrar em campo’; ‘que jogo, meus amigos!’. Mas basta uma busca mais aprofundada na Internet para perceber que os termos são metáforas para o crime, que mostra mais uma vez sua ousadia: traficantes do Complexo da Penha e da Barão, na Praça Seca, estão utilizando uniformes com alusões a líderes do Comando Vermelho.

A camisa é cinza e lembra um uniforme comum de empresa. No peito, a imagem de um urso, em referência ao chefe do tráfico na Penha, foi estampada junto com o nome ‘Barão’, em vermelho. Nas costas, também em vermelho, as frases ‘Tropa do Urso’ e ‘Tropa do Marreta’. Urso é Pedro Paulo Guedes, um dos principais criminosos do CV, líder do Complexo da Penha e atualmente procurado pela polícia. Já Marreta é o apelido de Luiz Cláudio Machado, preso desde 2014 e apontado como chefe do tráfico no morro Jorge Turco.

Em um dos comentários na foto do uniforme, um usuário do Twitter comenta o que supostamente teria sido um confronto na Praça Seca. “Que jogo, meus amigos, que jogo. Só convocaram os ‘louco tiroteio’. Eu vi milícia sambando na Baronesa, na Vila Alta, no Rodo, etc.”.

A guerra entre tráfico e milícia na Praça Seca já se estende por uma década. De um lado estão os traficantes, que adotaram táticas como o uso de roupa camuflada, cujo tecido torna quase impossível notar uma pessoa em meio à vegetação. De outro, estão os paramilitares, equipados com drones usados para tentar observar a movimentação dos rivais na mata em meio à escuridão. A guerra tem deixado cerca de 70 mil moradores reféns da violência. Nos últimos dias, os confrontos se acentuaram. Moradores relatam que o tráfico tem ocupado a parte alta do Morro da Barão.

Nesta terça-feira (26), policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) realizam operação nas comunidades Bateau Mouche e Caixa D’água. Até o momento, não há registro de prisão ou apreensão.

Sobre a distribuição das camisas, a reportagem procurou a Polícia Civil e aguarda retorno.

Fonte: Jornal O Dia

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