Sete anos após tragédia na Serra do RJ, R$ 402 milhões ainda estão previstos para recuperação ambiental em 2018

Chuva em 11 de janeiro de 2011 atingiu sete cidades da Região Serrana, deixando 918 mortos e pelo menos 99 pessoas desaparecidas.

Sete anos após a tragédia na Região Serrana do Rio, que matou 918 pessoas, deixou 30 mil desalojados e cerca de 99 desaparecidos, as cidades ainda esperam por licitações de R$ 402,5 milhões para 2018. De acordo com dados do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), R$ 400 milhões já foram investidos em obras emergenciais de recuperação ambiental em Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo desde 2011.

Segundo o órgão estadual, a verba foi investida em intervenções nos rios Carvão, Cuiabá e Santo Antônio (Petrópolis), Bengalas e Córrego D´Antas (Nova Friburgo) e Príncipe, Imbuí e Paquequer (Teresópolis).

Sobre as licitações que estão previstas para 2018, o Inea diz que as intervenções serão para dragagem nos rios e construção de travessias, com recursos federais e estaduais.

Previsão do Inea para 2018

Nova Friburgo – R$ 295 milhões

. Desfazimento de benfeitorias (R$ 10 milhões)

. Substituição de 12 travessias ao longo do Rio Bengalas e Córrego D’ Antas (R$ 35 milhões)

. Dragagem, adequação de calha, proteção e contenção das margens (trecho de 3 km) urbanização marginal e reflorestamento do Córrego D’ Antas (R$ 60 milhões)

. Dragagem, adequação de calha, proteção e contenção das margens do rio Bengalas, em trecho de 2 km (R$ 190 milhões).

Petrópolis – R$  69 milhões

. Complementação dos serviços de desassoreamento e conformação das calhas dos rios Santo Antônio Cuiabá e Carvão em um trecho de 2,6 km do Rio Santo Antônio, do Rio Cuiabá 3,8 km e 80 m do Rio Carvão – R$ 63 milhões

. Implantação de dois parques fluviais, no Rio Santo Antônio e Rio Cuiabá – R$ 5 milhões

. Substituição de uma travessia viária – R$ 1 milhão

Teresópolis – R$ 38,5 milhões

. Substituição de uma travessia no Rio Imbuí (principal acesso ao bairro Caleme) – R$ 2,5 milhões

.
Implantação de estrutura para amortecimento de cheias no Rio Príncipe – R$ 30 milhões

.
Implantação de estrutura para contenção de sólidos (4 barreiras flexíveis) no Rio Príncipe – R$ 6 milhões

Tragédia

O maior número de mortos na tragédia de 2011 foi registrado em Nova Friburgo, 429. Em Teresópolis, foram 392 óbitos e em Petrópolis, 71. Em Sumidouro, 22 pessoas morreram. Duas mortes foram registradas em São José do Vale do Rio Preto e outras duas em Bom Jardim.

Segundo o Ministério Público, o maior número de desaparecidos foi registrado em Teresópolis (74), seguido por 14 em Petrópolis e 11 em Nova Friburgo.

Situação das Moradias

Das 4.880 unidades habitacionais previstas para a Serra, 4.204 foram entregues, segundo informou a Secretaria de Obras do Estado. A maior parte em Nova Friburgo, com 2.337. Ao todo, foram investidos R$ 598,9 milhões em moradias.

Apesar disso, ainda tem morador da cidade esperando por uma casa ou apartamento, como a aposentada Maria das Graças. Uma barreira atingiu a casa onde morava na Vila Dom Bosco, bairro Cordoeira. Desde a tragédia, ela está morando de favor na casa da filha do marido e conta que nunca recebeu aluguel social.

Além disso, a aposentada disse que já foram feitas solicitações à Caixa Econômica Federal, Governo do Estado e que já apresentou todos os documentos necessários para ganhar uma unidade, mas até hoje, ela diz que não conseguiu um imóvel.

Teresópolis foi contemplada com 1.600 apartamentos no Conjunto Habitacional Fazenda Ermitage; Petrópolis recebeu 50 casas e, São José do Vale do Rio Preto, 10 unidades habitacionais.

Ainda de acordo com o governo estadual, este ano, devem ser entregues 167 moradias, sendo 153 em Areal, que ainda não recebeu nenhuma casa desde a tragédia, e 14 em Bom Jardim. A data da entrega não foi divulgada.

Também constam no planejamento do Estado, mas ainda sem data, um chamamento público com autorização do Ministério das Cidades para a construção de 488 unidades divididas em Petrópolis, São José do Vale do Rio Preto e Sumidouro.

Segundo a Prefeitura de Petrópolis, atualmente, 262 vítimas das chuvas de 2011 recebem o aluguel social de R$ 500, pagos pelo Estado. Para o primeiro semestre deste ano, o município afirma que serão entregues 776 unidades habitacionais do Minha Casa Minha Vida, no Vicenzo Rivetti, com prioridade às vítimas das chuvas. A seleção das famílias, de acordo com a Prefeitura, será feita pela Caixa.

A Prefeitura afirma ainda que já protocolou junto ao Ministério das Cidades um projeto de 320 unidades em terrenos na Mosela, Benfica e Cuiabá e também já ofertou outros terrenos para receber construções de casas pelo Minha Casa Minha Vida: Caititu (720 unidades habitacionais), Estrada da Saudade (188) e Quitandinha (96).

Com relação as intervenções que ainda são necessárias, após a tragédia de 2011, o município diz que ainda existem imóveis destruídos na região do Vale do Cuiabá, cujas demolições são de responsabilidade do Inea.

A reportagem procurou o órgão para saber sobre essas demolições e aguarda resposta.
Em Bom Jardim, 136 pessoas já foram beneficiadas com casas populares e que a meta é que sejam entregues 180 residências. Segundo o município, 77 pessoas ainda dependem do aluguel social.

As principais intervenções feitas na cidade, de acordo com a Prefeitura, foram as recuperações de pontes. Em 2017, foram feitos reparos em pontes da zona rural da cidade, como Santa Rosa e Capivari, que ainda estavam sem corrimãos.

Encostas e pontes

Com relação às encostas, a Secretaria de Estado de Obras informa que de um total de 109, foram construídas 82 contenções, três estão em andamento, 12 em licitação. sete estão em análise na Caixa Econômica Federal (CEF) e cinco aguardam autorização do Ministério das Cidades.

Sobre as pontes, a Seobras informou que 87 foram construídas, uma está em execução e duas em processo de licitação. O investimento foi de R$ 101,7 milhões.

Fonte: G1

 

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