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SÉRGIO MORO DESISTE DA DISPUTA DO PLANALTO

Ex-juiz se filiou ao União Brasil nesta quinta (31).

O ex-juiz Sergio Moro desistiu nesta quinta-feira (31) da sua pré-candidatura à Presidência da República “neste momento”. Mais cedo, ele havia assinado a ficha de filiação ao partido União Brasil.

Moro se reuniu com dirigentes da sigla em um hotel na capital paulista hoje para cravar sua decisão. A movimentação para a mudança já havia sido informada pela âncora da CNN, Daniela Lima, após uma reunião entre Moro e Luciano Bivar, presidente nacional do União Brasil.

O União Brasil, partido que foi originado da fusão do PSL com o DEM, mantém diálogos com o PSDB, de João Doria (pré-candidato ao Planalto) e o MDB (que tem Simone Tebet como pré-candidata) para buscar uma candidatura única alternativa ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Filiação e incômodo ao Podemos

Moro se filiou ao Podemos em 10 de novembro de 2021 já com ares de que disputaria a campanha presidencial pela sigla. Na ocasião, ele defendeu o legado do combate à corrupção pela Operação Lava Jato, que o projetou nacionalmente devido a sua atuação como juiz federal, e criticou o governo de Jair Bolsonaro (PL), que integrou como ministro da Justiça e Segurança Pública. por 15 meses.

Nas últimas pesquisas eleitorais, o ex-ministro vinha empatando com o pré-candidato pelo PDT, Ciro Gomes, nas posições atrás do ex-presidente Lula (PT) e de Bolsonaro, que assumiram a dianteira das intenções de voto.

CNN realizará o primeiro debate presidencial de 2022. O confronto entre os candidatos será transmitido ao vivo em 6 de agosto, pela TV e por nossas plataformas digitais.

Pesquisa Datafolha divulgada no dia 24 de março, por exemplo, traz Moro com 8% das intenções de voto, enquanto Ciro registrou 6%. Na pesquisa Ipespe do dia 25 de março, o então pré-candidato do Podemos apareceu com 9%, enquanto o pedetista teve 7%.

Recentemente, Moro vinha demonstrando incômodo com a ausência do Podemos no debate de partidos de centro para a composição de uma candidatura única de terceira via para a sucessão presidencial.

Leia abaixo a íntegra da nota de Sergio Moro, em que ele desiste da candidatura presidencial:

O Brasil precisa de uma alternativa que livre o país dos extremos, da instabilidade e da radicalização. Por isso, aceitei o convite do presidente nacional do União Brasil, Luciano Bivar, para me filiar ao partido e, assim, facilitar as negociações das forças políticas de centro democrático em busca de uma candidatura presidencial única.

A troca de legenda foi comunicada à direção do Podemos, a quem agradeço todo o apoio. Para ingressar no novo partido, abro mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial e serei um soldado da democracia para recuperar o sonho de um Brasil melhor.

Carreira como juiz e a Lava Jato

Especializado em crimes financeiros, Moro foi juiz do caso Banestado no início dos anos 2000, participando da operação “Farol da Colina”, que investigou suspeitos de crimes contra o sistema financeiro, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Ele também homologou, durante a investigação, um acordo de delação premiada do doleiro Alberto Youssef – que também apareceria na Lava Jato.

Em 2008, Moro proferiu a sentença que condenou a 29 anos de prisão Fernandinho Beira-Mar, codinome do traficante Luiz Fernando da Costa.

Moro também foi juiz auxiliar da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2012, durante o julgamento do caso conhecido como mensalão, em uma época em que Weber havia acabado de chegar ao Supremo oriunda da Justiça do Trabalho.

Estudioso da Operação Mãos Limpas, que combateu a corrupção na Itália na década de 1990, Moro fez comparações entre a operação italiana e a Lava Jato ao longo de sua titularidade como juiz na 13ª Vara Federal de Curitiba.

Na Lava Jato, ele foi responsável por condenações como as de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, e de Renato Duque, ex-diretor da Petrobras. Também foi ele quem condenou primeiramente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por corrupção no caso do tríplex do Guarujá, em 2017.

O então juiz teve embates frequentes durante audiências com a defesa de Lula, que questionou juridicamente uma suposta “” do juiz em analisar casos relacionados ao petista.

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