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Sado de Intervenção no Rio é pouco otimista. Declara Observatório da Intervenção

Especialistas afirmam que operação de intervenção não tem sustentabilidade.

Dados divulgados pelo Observatório da Intervenção, formado por especialistas em violência e segurança pública da Universidade Cândido Mendes. Ao longo dos dez meses da iniciativa, o observatório monitorou mensalmente 15 indicadores. “A intervenção federal pelas Forças Armadas não resolveu os problemas estruturais da segurança pública do Rio”, concluiu o relatório. “O que vimos foi a reafirmação da estratégia de confrontos armados, gastos concentrados em grandes operações e ausência de uma reforma estrutural da política de segurança.”

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A intervenção na segurança do Rio termina com um saldo pouco otimista. Anunciada em março de 2018 como solução possível para deter a escalada da violência na região metropolitana,  contou com ações do governo federal e conseguiu uma redução de 14,4% no roubo de cargas, mas a um custo alto: os registros de tiroteios cresceram 56% e o número de pessoas mortas pela polícia aumentou nada menos que 40% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 303 dias, 161 pessoas foram atingidas por balas perdidas.

De acordo com o cientista político Pablo Nunes, que participou da elaboração do levantamento, o investimento em operações militares ostensivas pode ter um efeito positivo a curto prazo, mas não é sustentável.

Os números mostram que, entre fevereiro e dezembro deste ano, houve uma redução de 5,5% nos números de homicídios dolosos em relação ao mesmo período do ano passado e de 14,4% do roubo de carga – um problema que estava inviabilizando a economia do Estado.

Durante a intervenção, o número de agentes de segurança feridos em operações foi de 92 – 15% a menos que os 108 registrados no mesmo período do ano anterior. O número de agentes feridos também caiu um pouco, de 200 para 180.

No entanto, dispararam o número de tiroteios (8.193 contra 5.238) e de mortos pela polícia (um total de 204 durante a intervenção). Nos dez meses da intervenção, 161 pessoas foram vítimas de bala perdida; praticamente uma a cada dois dias.

Houve uma pequena redução nos índices de homicídio, que eu chamaria de oscilação, e um aumento assustador do número de pessoas mortas pela polícia, uma situação que não é combatida pela intervenção“, avaliou Nunes. “Ainda estamos esperando os números de dezembro, mas tudo indica que o número de roubo de cargas volta a subir.”

O Gabinete da Intervenção Federal (GIF), afirmou em nota que os empenhos financeiros para a área de segurança pública alcançam 62,9% dos recursos de R$ 1,2 bilhão destinado pelo governo federal. Ainda segundo a nota, o valor comprometido com compras já chega a R$ 755 milhões. Estão sendo adquiridos desde veículos até colchões para as polícias militar e civil.

Estes recursos que já foram empenhados superam os valores de dois anos e meio de investimento do estado do Rio em segurança pública“, afirmou o secretário de administração do GIF, general Laélio Andrade.

A intervenção está prevista para terminar no dia 31 de dezembro, prazo estabelecido pelo governo federal para término nas operações do Rio.


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