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Roubos de cargas disparam no estado

A explosão nos números em dezembro fecha, de maneira preocupante, o ano de 2015.

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Fim da tarde de sexta-feira, último dia 11 de dezembro. Na Avenida Dom Hélder Câmara, ao lado da Cidade da Polícia, caminhões enfileiram-se, enquanto motoristas e ajudantes registram ocorrência na Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC). No mês passado, os números de roubos de carga dispararam. Até o dia 14, foram registrados 320 casos só na especializada, uma média de 23 por dia, quase um por hora. Em relação ao mesmo período do mês anterior, quando ocorreram 252 casos, o aumento foi de 27%.

Segundo o delegado Marcelo Martins, titular da DRFC, o crescimento é comum em dezembro, mês de Natal, quando aumenta o fluxo de caminhões fazendo entregas e a venda dos produtos roubados. Em dezembro de 2014, quando foram feitos 664 registros na DRFC, o aumento foi de 32,5% em relação a novembro daquele ano.

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A explosão nos números em dezembro fecha, de maneira preocupante, o ano de 2015. De janeiro a novembro, de acordo com números do Instituto de Segurança Pública — que englobam os registros da DRFC e de todas as delegacias do estado — foram 6.302 roubos de carga no estado. É o maior número desde 1991, quando foram registrados 864 casos no período.

Diretor de Segurança do Sindicato das Empresas do Transporte Rodoviário de Cargas e Logística do Rio de Janeiro, o coronel Venâncio Alves de Moura, que já foi comandante do Bope, afirma que a situação está “insustentável” e que nem mesmo o serviço de escolta tem afastado os criminosos.

— O roubo de cargas sempre existiu, mas perpetrado por quadrilhas especializadas. A questão é que os traficantes também passaram a roubar para complementar os ganhos e compensar as perdas com as UPPs. Já existe um movimento de empresas querendo deixar o Rio — alerta.

Coronel reclama de estrutura precária

O coronel Venâncio Alves de Moura reclama da falta de “ações e medidas concretas” por parte da Secretaria de Segurança para frear o aumento nos casos:

— A DRFC tem menos de 50 homens e uma estrutura precária. Mal conseguem dar conta dos registros de ocorrência, quanto mais de investigar.

No dia 14 de dezembro, uma resolução de Secretaria de Segurança definiu que só serão registradas na delegacia os casos nos quais o valor da carga roubada ultrapasse os 120 salários-mínimos (R$ 94.560). Dessa forma, a especializada poderá investir mais em investigação.

— O que acaba com o roubo de cargas é identificar as pessoas que compram produtos roubados — diz o delegado Marcelo Martins.

Em nota, a assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que realiza operações chamadas “Carga Segura” nas áreas do 41º BPM (Irajá) e 9º BPM (Rocha Miranda), que possuem maior incidência de roubos de carga no estado (25%). A operação ganhou apoio do Batalhão de Policiamento em Vias Expressas (BPVE),que passou a intensificar a vigilância na Avenida Brasil, na Linha Amarela e na Linha Vermelha.

Já a Secretaria de Segurança informou que as polícias Civil e Militar realizam operações e investigações permanentes, baseadas na mancha criminal do Estado. A assessoria frisou ainda que a DRFC realiza ações frequentes para coletar informações para as investigações, e frisou as recentes prisões feitas pela especializada.

MGT
Fonte: O Dia

 

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