Rodrigo Maia: ‘Sou candidato até o fim.’ focado na geração de emprego e redução das desigualdades. (Entrevista)

O Sistema Único de Segurança Pública é o projeto que eu considero mais importante.

“Tudo que o setor privado puder tomar conta é melhor, tem melhor gestão, já está provado isso”, disse Rodrigo Maia

Aos 47 anos, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia já foi líder do antigo PFL na Casa e assumiu a presidência do partido quando ele trocou de nome para DEM. Desde então, à frente da Câmara, conduziu as votações das reformas trabalhista e da Previdência, ainda não concluída. Com base nessa trajetória, tornou-se o pré-candidato do DEM na corrida ao Planalto. Em entrevista ao JB, Maia garante que é candidato até o fim e admite uma aliança com o PSDB de Geraldo Alckmin, apenas no segundo turno. “Tenho a melhor relação possível com o governador Geraldo Alckmin. No segundo turno, será natural que aquele que não vá passe a apoiar o outro”, explica.

O senhor acredita em aliança dos partidos de centro em torno de uma  candidatura? 

Acredito que se possa construir um caminho entre alguns partidos que tenham ideias parecidas. Tem que avaliar quem tem as melhores condições de unificar os partidos e que possa construir nessa unificação, os melhores palanques estaduais.

Há 15 anos seu partido está fora do governo, quais partidos comporiam sua base no Congresso? 

Estamos conversando com alguns partidos. Temos relações com vários aí colocados, a imprensa noticiou. Vamos tentar agora agregar mais partidos para que a gente possa ter aí um bom tempo de televisão para gravar nossa mensagem.

Ainda é possível algum tipo de composição sua com o PSDB do governador Geraldo Alckmin?  

Tenho a melhor relação possível com o governador Geraldo Alckmin. É legítimo que o PSDB tenha a sua candidatura colocada, mas também é legítimo que o DEM tente construir na minha pré-candidatura em  um ambiente de vitória, um ambiente de candidatura com chance de vitória. Acho que é um respeitando o outro. Claro que não vai ter espaço para os dois no segundo turno. Lá na frente, no segundo turno, será natural que aquele que não vá passe apoiar o outro.

Então, o senhor vai levar sua candidatura até o final? 

Com certeza,  sou candidato até o fim.

Qual é seu programa para a área social? 

Na área social, nós temos o foco na Educação. Universalizar vagas em creches em 4 anos. Há uma distorção enorme: só 25% das crianças têm vaga em creches. O fundo de valorização do magistério para que a gente possa melhorar principalmente a qualidade do ensino, da metade do ensino fundamental, da 5ª a 9ª série, e criar um ensino profissionalizante vinculado às atividades econômicas de cada região do Brasil para que o jovem já possa, desde o início do ensino médio, com um estágio, ou mesmo  uma vaga de aprendiz, para que ele já saia empregado e também queremos criar uma política para se garantir mobilidade social para as famílias do Bolsa Família. Criaremos a Poupança da Criança, garantindo o Bolsa Família e, somado a ele, uma política de estímulo à essas famílias do programa. Funcionará da seguinte forma: ao acabar o ensino médio, essa poupança vai ser um instrumento aonde a criança poderá ter um recurso para pagar sua universidade ou para abrir um pequeno negócio. Nós precisamos, urgente, reduzir a burocracia no Brasil para que os jovens tenham espaço para construir seus próprios negócios nas suas próprias empresas.

Na área econômica, seu programa prevê alguma mudança importante? 

Nosso programa econômico é 100% focado na geração de emprego e redução das desigualdades. Política econômica não se pode ser um fim apenas no equilíbrio fiscal. Equilíbrio fiscal precisa ser a base de políticas públicas que possam garantir o maior crescimento do número de empregos, redução do desemprego, e, principalmente, reduzindo as desigualdades de renda regionais no Brasil.

Qual sua posição sobre privatizações? 

Tudo que o setor privado puder tomar conta é melhor, tem melhor gestão, já está provado isso, e capacidade de investimento que o Estado brasileiro não tem hoje. Então, tudo aquilo que a gente puder transferir para o setor privado eu tenho certeza que vai ter uma melhor gestão e principalmente uma capacidade melhor de investimentos.

A Câmara  aprovou o projeto que cria o Sistema Único de Segurança , que agora deve virar lei, no que esse projeto pode ajudar o problema de segurança? 

O Sistema Único de Segurança Pública é o projeto que eu considero mais importante  para a segurança.

Quais são suas propostas, como candidato, para segurança pública? 

Pela primeira vez, teremos a Polícia Federal e a Rodoviária integradas com as polícias estaduais,com informações das  federais e estaduais para enfrentar com integração e união o crime organizado. É preciso discutir a unificação das polícias. A nova polícia, que vai começar pela base. Essa integração deve começar nas academias. É preciso fazer um debate sério sobre a integração nas polícias estaduais. Muitas vezes, a Polícia Civil e a Polícia Militar, nos estados, não se comunicam. Então, é importante não apenas integrar o Sistema Nacional de Segurança, mas integrar uma nova polícia daqui pra frente. Uma nova polícia única, em que tanto a Polícia Militar quanto a Polícia Civil trabalhem de forma conjunta no combate e apuração dos  crimes.


Fonte: Jornal Do Brasil 

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