Quinto dia de paralisação. Postos sem combustível, fábricas paradas e bloqueios de estradas

No Rio de Janeiro a falta combustível nos postos da cidade pode chegar a chegar a 90%.

Com a indefinição sobre seu final, a greve de caminhoneiros chega ao quinto dia com consequências em todo o país.

Com bloqueios de estradas, a paralisação continua minando o abastecimento de produtos básicos  e causando enormes filas de motoristas em postos de combustíveis. No Rio de Janeiro, falta combustível em metade dos postos da cidade e esse número era esperado chegar a 90% na noite de ontem. A falta de combustível já começa também a levar ao cancelamento de voos: as companhias aéreas Azul e Latam ampliaram o número de aeroportos com restrições de operação.

A Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) alertou que a greve dos caminhoneiros pode prejudicar o fornecimento de água no Rio, pois a entrega de produtos químicos utilizados para tratar a água pode ser afetada.

No setor de alimentos, o Ceasa do Rio já registrou alta de preços, e em São Paulo, a greve afetou supermercados, principalmente quanto à disponibilidade de frutas, legumes e verduras, que são de abastecimento diário.

Com uma carga de feijão, o caminhoneiro Marcos diz esperar mais respeito pelo trabalho que faz. “Quem carrega o Brasil são os caminhoneiros. Sem a gente, não tem comida, combustível e não tem nem educação”, diz.

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo,  na região de Passos, no sul de Minas Gerais, mais de 500.000 litros de leite já foram jogados fora porque, com a falta de transporte, o produto se perde em pouco tempo e não há como utilizá-lo — também não pode ser doado antes do processo de pasteurização. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) voltou a informar que há unidades de processadoras de carnes paradas no país por causa da greve dos caminhoneiros. Todas as montadoras de veículos do país anunciaram que encerrariam a produção nesta sexta-feira, pela falta de peças. Hospitais alertaram para a falta de remédios e o risco a pacientes.

A conta de quanto o país perdeu nos últimos dias ainda será feita. A única já computada é o baque para a Petrobras, que cedeu à pressão e cortou o preço do diesel: a petroleira perdeu 45 bilhões de reais na bolsa nesta quinta-feira.

Acesso ao Porto de Santos, SP, permanece bloqueado.

Mesmo que o movimento termine nesta sexta-feira, levará dias até que o abastecimento, a produção fabril e as rotinas voltem ao normal no país.

É difícil estimar quantos caminhoneiros deixaram de trabalhar desde o inicio da paralisação. Mas os reflexos são críticos e estão por toda parte: grandes cidades anunciaram a redução da frota de ônibus no transporte coletivo por falta de combustível; aeroportos alertam que não há estoque suficiente para aviões encherem os tanques nos próximos dias, e vários voos foram cancelados; e o desabastecimento de produtos básicos preocupa supermercados e feiras livres.


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