As peças do jogo do poder em movimento.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), e o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, oficializaram na noite de quarta-feira 02/02, uma aliança entre pedetistas e social-democratas para o governo do estado.
O acordo é consequência de conversas especialmente entre Paes e Lupi, que fizeram o papel de mediadores, e confirma a aproximação entre o prefeito do Rio e o PDT.
Os amigos desde a juventude, Felipe Santa Cruz e Rodrigo Neves comemoraram a aliança que, segundo o ex-prefeito de Niterói, “viabiliza uma alternativa pro Rio”. Para Neves, a união é encarada como uma “possibilidade de despertar esperança” no estado.
Questionado sobre quem seria o cabeça de chapa na união, Lupi destacou o diálogo entre Neves e Santa Cruz, o que deve ajudar a definir o nome escolhido.
Alinhado com o grupo, Santa Cruz ressaltou sua boa relação com Rodrigo Neves e minimizou a definição da candidatura ao governo. Para o ex-presidente da OAB, o momento é de “passar por cima de vaidades e projetos pessoais”.
PT Fechado com PSB de Freixo
As conversas entre Paes e PDT foram intensificadas depois que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) bateu o martelo e reforçou seu apoio ao deputado federal Marcelo Freixo (PSB) para o governo do Rio, como mostrou a colunista do GLOBO Malu Gaspar. Até então, Paes se mostrava disposto a se juntar ao PT por uma candidatura do presidente da Assembleia Legislativa do Rio, o deputado estadual petista André Ceciliano. O movimento por Freixo afastou o prefeito de um palanque com Lula e deixou aberto o caminho para a aliança entre o PSD carioca e os pedetistas, embora ainda esteja restrita ao campo regional.
Até o momento, Paes afirma que apoiará o candidato de seu partido para a Presidência da República, o senador Rodrigo Pacheco (MG), mas avalia como positivo o nome do presidenciável Ciro Gomes (PDT).
RedeTV+ de olho nas eleições.
Alianças regionais, sem dúvidas mexem com apoios de candidatos a presidência, em política, as alianças ultrapassam os limites de fidelidade e coalizão. O que é bom em universo total, pode contrariar interesses regionais.
O quadro político começa a estabelecer suas regras que nem sempre, obedecem a critérios e padrões preestabelecidos.
O caminho a percorrer segue a direção dos ventos e da necessidade de escolhas que favoreçam o fortalecimento de grupos para disputar o poder. Estabelecer alianças, movimentar as peças do complicado jogo político, é uma arte para poucos, e indicador de direcionamento para muitos.
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