Protesto de servidores na Alerj termina em quebra-quebra

Servidores das mais diferentes áreas participam do protesto contra o projeto anticrise do governo Pezão.

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A região central do Rio de Janeiro transformou-se nesta quarta-feira em uma verdadeira praça de guerra durante confronto entre homens do Batalhão de Choque e servidores que protestam contra o pacote de arrocho do governo Pezão. Por volta das 13 horas, um grupo de manifestantes tentou invadir a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), cercada por grades. Outro, formado por policiais e agentes penitenciários, fez uma corrente humana para evitar a invasão. Foi então que começou a confusão: a primeira grade foi derrubada e teve início a ação do Choque.

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O confronto rapidamente se espalhou pelos arredores do Palácio Tiradentes: enquanto parte dos servidores tentava invadir o prédio, outros manifestantes tentavam conter a ação. Focos de briga se formaram em diversas partes – tudo ao som de bombas de gás lacrimogêneo e dos tiros de balas de borracha disparados pela polícia. Ao menos um policial civil foi ferido no rosto.

O batalhão de choque da Polícia Militar se posicionou na frente do prédio para evitar que o palácio fosse ocupado novamente pelos manifestantes, como aconteceu na semana passada. Funcionários das mais diversas áreas, incluindo Saúde, Educação, Segurança, Ministério Público e Previdência, se concentraram em frente à Alerj para participar do ato. Os manifestantes chamavam as grades de “muro da vergonha” e seguravam faixas em que chamam a Assembleia de “presídio de políticos”.

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Diretor secretário do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio, Odonclei Boechat disse que os atos vão se suceder em todos os dias em que houver discussão e votação das medidas de Pezão, que visam ao reequilíbrio das contas do Estado, mergulhado num déficit de 17,5 bilhões de reais. A mais controversa é a que aumenta a contribuição previdenciária dos ativos e inativos.

“O (Jorge) Picciani (presidente da Alerj, deputado pelo PMDB) divulgou o calendário de discussões para desmobilizar os servidores. Ele pode mudar a ordem como quiser,que estaremos aqui. Uma das nossas preocupações é a perda do nosso triênio. Se não temos aumento, ele é nossa única salvação. Os sindicatos estão se reunindo e vamos nos revezar nos atos. A pressão dá resultado”, afirmou Boechat.

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Pezão pediu e o Ministério da Justiça enviou agentes da Força Nacional de Segurança para reforçar a guarda da Alerj, mas não foi possível ver se eles de fato participaram do esquema de segurança.

Na semana passada, os servidores invadiram a Alerj, em protesto contra as medidas anticrise. Eles tomaram o plenário, sentaram nas cadeiras dos deputados e ocuparam as galerias do 2º andar, onde costuma ficar o público que assiste às votações. Um sinalizador de fumaça chegou a ser aceso no plenário, na ocasião.

redetvFonte: Revista Veja

 

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