Projeto de Lei da Alerj pretende liberar uso de máscaras de imunizados contra a covid-19

Segundo o deputado o uso de máscara é desconfortável e pode causar danos à saúde da população.

Projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa (Alerj) pretende alterar a determinação que obriga o uso de máscaras enquanto o Rio de Janeiro estiver em estado de calamidade pública por conta da pandemia.

De acordo com o texto, os imunizados devem portar o comprovante de vacinação, impresso ou digital, para poderem circular sem máscara. O parlamentar justifica que quando o projeto foi feito, no último dia 14 de maio, o Ministério da Saúde contabilizava 50 milhões de doses aplicadas e 83 milhões distribuídas. Segundo ele, o Rio de Janeiro ocupava, até a data, a terceira posição entre os estados que mais vacinaram no país, com mais de 4 milhões de fluminenses beneficiados.
A proposta do deputado Anderson Moraes (PSL), publicada nesta quarta-feira (19) no Diário Oficial, quer autorizar as pessoas que já receberam as duas doses da vacina contra a covid-19 a não usar o equipamento de proteção individual (EPI).
De acordo com a atualização desta quinta-feira (20) do Vacinômetro da Secretaria de Estado de Saúde do Rio, 3.012.290 pessoas receberam somente a primeira dose e a segunda contemplou 1.407.449. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Rio de Janeiro tem uma população estimada de 17.366.189 de pessoas, tendo como referência 1° de julho de 2020.
Especialistas procurados alertaram sobre uma liberação precoce e os riscos que ela pode trazer à população. A presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Tânia Vergara, ressalta que as vacinas contra a doença não impedem que os imunizados não contraiam o vírus outras vezes.

Eu entendo que liberar o uso de máscaras, só se grande parte da população estivesse vacinada. Senão, eu acho precoce e inadequado. Tem que lembrar que as vacinas não conferem proteção 100%. As pessoas mesmo tendo sido vacinadas ou tido covid-19, podem pegar outra infecção e mesmo não ficando muito doentes, podem transmitir. As vacinas que nós temos no momento têm uma proposta de evitar o adoecimento grave e o óbito“, explicou a presidente.

A médica geriatra e psiquiatra Roberta França explica que, com base nos dados estatísticos, só é possível ter a chamada imunidade de rebanho quando 70% da população estiver efetivamente vacinada. “Até lá, a gente precisa manter as nossas medidas restritivas e os cuidados necessários“, disse ela. A pesquisadora em saúde e membro do comitê de combate ao coronavírus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Chrystina Barros, afirma que, no cenário atual, o não uso do equipamento pode ser um retrocesso.

Segundo o deputado autor do projeto, alega que o uso de máscara é desconfortável e pode causar danos à saúde da população, se usado em longos períodos. Mas, França e Barros ressaltam que estudos provaram que o utensílio não traz qualquer risco para a população e são eficazes para evitar contaminação.


Fonte: Jornal O Dia 

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