A delegada explica que, como não se tratava de um flagrante, a criança precisou, primeiro, passar por exames de corpo de delito, que comprovaram o ato libidinoso.
Um homem de 39 anos foi preso, na tarde desta quinta-feira, em São Gonçalo, acusado de estuprar o filho de 4 anos de sua enteada. Segundo a delegada da 73ª DP (Neves), Camila Lourenço, o abuso sexual contra a criança ocorreu durante a manhã da última sexta-feira, quando o garoto ficou sozinho com o suspeito em casa, no bairro Água Mineral.
— No sábado, à noite, a mãe do menino nos procurou desesperada, dizendo que seu padrasto havia abusado sexualmente do filho dela. Ela conta que, quando foi dar banho na criança, percebeu que o ânus estava muito machucado, e perguntou o que tinha acontecido. Ele respondeu: “Foi o tio que fez isso, mamãe” — conta Camila Lourenço.
A delegada explica que, como não se tratava de um flagrante, a criança precisou, primeiro, passar por exames de corpo de delito, que comprovaram o ato libidinoso:
— Entramos com o pedido de prisão, no início da tarde da segunda-feira, na 1ª Vara Criminal de São Gonçalo, e, hoje, logo depois da autorização judicial, fomos até a casa da mãe do acusado, no bairro de Santa Isabel. Ele estava escondido lá desde sábado, quando a enteada o denunciou. Ele nega o crime e ainda acusa uma outra pessoa, que não chegou a ter contato com a criança no dia em que o estupro aconteceu.
O homem foi enquadrado no artigo 217-a do Código Penal por estupro de vulnerável. Se for condenado, pode pegar de oito a 15 anos de prisão.
Ainda de acordo com Camila Lourenço, durante o registro de ocorrência, a mãe do garoto relatou que também já havia sido vítima do padrasto, quando ainda era muito pequena. Na ocasião, ela relatou o fato para a mãe, que preferiu não acreditar no que tinha acontecido:
— Esse é um caso absurdo em meio a vários que acontecem pela cidade. Agora, nós vamos chamar a avó da criança para tentar entender os motivos que a levaram a não acreditar na filha, que já tinha sido vítima do padrasto. Também vamos tentar descobrir se ela já tinha algum conhecimento sobre outros episódios envolvendo o marido — explica a delegada adjunta da 73ª DP.