POLÍCIA PRENDE FUNCIONÁRIOS DE FALSA AGÊNCIA DE MODELOS

Quadrilha oferecia serviço para a realização de campanhas publicitárias e cobravam valores entre R$ 1,2 mil e R$ 5 mil.

Polícia Civil prendeu uma quadrilha suspeita de dar golpes em pessoas que tinham o sonho de serem modelos. A grande maioria das vítimas eram mulheres com idades entre 40 e 80 anos de idade.

No momento da prisão, parte dos integrantes do bando estavam reunidos com algumas vítimas em um escritório no Leblon, na Zona Sul do Rio.

De acordo com a 14ª DP (Leblon), no escritório foram apreendidas mais de 100 fichas de mulheres que queriam ser modelo.

Os presos foram identificados como Hugo de Larnes Nogueira, Jaqueline Ribeiro da Silva, Carlos Denis de Arruda Feldman e Ketlen Maia Rodrigues Ferreira Maciel.

Os policiais chegaram até o bando após clientes e um ex-funcionário descobrirem o golpe e denunciar à polícia. Na primeira vez quando chegaram ao espaço da empresa Pixel Produções, os agentes foram recebidos por Danilo Feldman que, segundo a delegada Daniela Terra, titular da 14ª DP, se apresentou como dono da produtora.

Já na delegacia, os agentes descobriram que Danilo Feldman tinha 16 anotações criminais em São Paulo e outras seis no Rio por estelionato. Danilo não estava na produtora quando a Civil retornou.
 
Várias empresas, vários golpes

A Polícia Civil afirma que o bando usava a empresa Elite Model  nome conhecido no mundo da moda para cobrar das vítimas o dinheiro para os books que poderiam levá-las a participar de campanhas publicitárias.

Os suspeitos, após receberem a quantia pedida, encerravam o contato com as mulheres. Há algum tempo eles fecharam a Elite Model e abriram a Pixel Produções.

Modelos estavam na empresa quando polícia chegou

Durante a prisão do bando, três mulheres que já tinham entregue R$ 1,2 mil pelo contrato e outras quatro que esperavam o momento de fazer o pagamento das sessões. Para enganar as vítimas, os suspeitos diziam ter como clientes marcas famosas.

Em dezembro de 2021, uma mulher procurou a 16ª DP (Barra da Tijuca) para denunciar Danilo Feldman. Ela disse à polícia ter pago R$ 5 mil para assinar um contrato de prestação de serviços com a Elite Model, que na época funcionava numa sala na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio.

A mulher contou que notou ter sido vítima de um golpe quando a agência fechou e mesmo assim continuou a cobrar as parcelas dos contratados.

No mesmo mês outra vítima procurou a 32ª DP (Taquara) e contou que foi contatada por WhatsApp por uma mulher que se identificou como produtora de elenco da Elite Model, que a teria selecionado por meio de uma rede social.

Ela afirmou que foi ao escritório na Barra da Tijuca, fez uma entrevista e imediatamente recebeu a proposta de assinar um contrato por 12 meses pagando R$ 2 mil, divididos em 10 vezes. Ela chegou a fazer uma sessão de fotos, mas não recebeu o material e, ao pedir o cancelamento do serviço e a devolução do que havia sido pago, não obteve resposta.
 
Ex-funcionário enganado

Um ex-funcionário da Elite Model também procurou a 32ª DP alegando ter sido enganado pelos golpistas, após ser demitido e não receber seus direitos trabalhistas.

Ele disse, na condição de testemunha, que os responsáveis pelos agências usam nomes de empresas conhecidas para atrair os clientes.

O rapaz lembrou ainda ter trabalhou com os suspeitos por sete meses, até começar a desconfiar das fraudes, uma vez que as modelos não eram contratadas meses após assinarem os contratos.

‘Soluções completas’, diz empresa nas redes sociais

Nas redes sociais, a Pixel Produções afirmava ter uma “equipe especializada” para produção de fotos e conteúdos de modelos e influenciadoras agenciadas por eles. Eles também ofereciam serviço de maquiagem.

Eles também vendiam a empresa como uma “produtora de conteúdo para marcas e gerenciamento de carreira para atores, modelos e influenciadores digitais”. E prometiam “soluções completas de produção de conteúdo e fotos de grande volume para pequenas, médias e grandes empresas”. Ofereciam, ainda, “espaços e estúdios instagramáveis” no Itaim Bibi, em São Paulo.

 

 

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