Polícia prende acusado de matar colaborador de vereador envolvido no caso Marielle

Os agentes da DH chegaram até o acusado através de informações passadas pelo Whatsapp.

Equipes da Delegacia de Homicídios da Capital (DH-Capital) prenderam, nesta terça-feira, Ruy Ribeiro Bastos, de 39 anos, acusado de ter matado, Carlos Alexandre Pereira Maria, conhecido como “Cabeça”, então colaborador do vereador Marcelo Siciliano. O crime ocorreu em um bar, no último dia 8 de abril, no bairro da Boiúna, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Os agentes da DH chegaram até o acusado através de informações passadas pelo Whatsapp dos Procurados (21) 98849-6099.

Marcelo Siciliano é suspeito de envolvimento no assassinato da vereadora Marielle Franco. Ele foi apontado como um dos mandantes do crime por uma testemunha que procurou a polícia. A DH, entretanto, ainda não sabe se há ligação entre os dois crimes.

Ruy foi preso no interior de uma residência, na Estrada do Camorim, e não ofereceu resistência. O inquérito policial concluiu que a ordem para matar Carlos Alexandre partiu de dentro do Complexo do Gericinó.

Ainda segundo a Polícia, quem arquitetou toda a ação criminosa foi Diogo Maia dos Santos, conhecido como “DG” ou “Totó”. A divisão das tarefas ficou assim: Thiago Bruno de Mendonça, o “Thiago Macaco” ficou encarregado de levantar a rotina da vítima; Rondinele de Jesus da Silva, o “Roni”, recebeu a missão de pilotar a motocicleta usada no crime e Ruy Ribeiro foi quem efetuou os disparos de arma de fogo. Os quatro suspeitos envolvidos nesse crime foram denunciados pelo crime de homicídio qualificado.

Thiago Macaco também é citado no depoimento de uma testemunha-chave do caso da execução da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, no dia 14 de março deste ano, no Estácio, conforme revelou reportagem do jornal O GLOBO. Segundo a testemunha, que é um ex-miliciano, ele seria ligado a Orlando de Curicica, chefe da milícia da Boiúna, atualmente preso. Os dois teriam participado do assassinato da parlamentar, que estaria atrapalhando os negócios do grupo paramilitar na Zona Oeste. Esses negócios também interessariam a Siciliano, que nega as acusações.

Ainda de acordo com a testemunha, Thiago Macaco teria sido responsável pela clonagem do Cobalt prata, que foi usado pelos assassinos para cometer o crime. O carro usava uma placa clonada de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Porém, a placa é do veículo de outra pessoa. Até hoje, a polícia não conseguiu chegar ao carro utilizado pelos criminosos. Segundo a polícia, a ordem para o assassinato de Cabeça partiu de criminosos presos no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio.

Fonte: Jornal Extra

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