Os mandados são cumpridos em Caxias e Magé e na Região Serrana do Rio.
A Polícia Civil prendeu, na manhã desta terça-feira (24), quatro pessoas suspeitas de envolvimento no roubo de combustível em dutos da Petrobras, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Entre os presos há um policial militar do Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas. Os agentes visam cumprir cinco mandados de prisão e nove de busca e apreensão.
A ação resultou na morte da menina Ana Cristina Pacheco Luciano, de 9 anos. Ela teve 80% do corpo queimado ao cair numa poça de gasolina no vazamento de um oleoduto. O furto aconteceu no dia 26 de abril desse ano.
Entre os alvos da Operação Graciosa 3, está um empresário que seria um dos receptadores. A Petrobras, a Agência Nacional do Petróleo, o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem), a Delegacia de Polícia Judiciária Militar e a secretaria de Fazenda participam da operação.
Os mandados são cumpridos em Caxias e Magé, na Baixada Fluminense, e na Região Serrana do Rio de Janeiro.
Empresa teve prejuízo de R$ 2,8 milhões
Em julho, a 3ª Vara Criminal de Caxias determinou a prisão preventiva de três suspeitos de perfurar o duto. O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) denunciou, além dos três suspeitos, quatro pessoas apontadas como integrantes de organização responsável pelo roubo. Elas também teriam participado do furto.
De acordo com o MPRJ, a companhia de transportes de combustíveis teve um prejuízo superior a R$2,8 milhões.
A denúncia aponta que William Cesar Vieira, Mateus Kevin da Silva Belo e Wesley Muniz Pollete perfuraram o duto Orbel I da Transpetro e provocaram um vazamento de cerca de 237 mil litros de gasolina. O crime acontece no dia 26 de abril na Rua Celeno, bairro Capivari, em Duque de Caxias.
Antônio Martins da Silva, avô da vítima, Fernanda Pacheco Luciano, mãe da vítima, Sonia Cristina Tavares Ventura e Ventura Carmona Ventura também são suspeitos de participar do roubo. Eles teriam funções de vigilância, transporte e de negociar a gasolina furtada.
Criança morreu em maio
Ana Cristina Pacheco Luciano morreu no dia 23 de maio, após ter 80% do corpo queimado no vazamento de combustível. Ela foi encontrada desmaiada em uma poça de gasolina.
A menina foi internada no internada no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, com 80% do corpo queimado. Ela teve queimadura nas mãos, braços e pernas.
A menina foi queimada durante o vazamento provocado pela tentativa de furto da gasolina do tipo A – pura, sem álcool anidro e, por isso, muito mais forte – do duto Orbel 1, da Transpetro, que transporta combustível entre o Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Fonte: Portal G1