A criança nasceu morta na semana passada.
O delegado Antônio Lopes Martins Júnior, da 14ª DP (Leblon), que está investigando o desaparecimento do corpo de um bebê ocorrido na semana passada no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul do Rio, ouviu ontem à noite uma servidora responsável pelo necrotério da unidade. Segundo ele, uma das linhas de investigação é a de que erros de procedimento podem ter levado à incineração do corpo da recém-nascida. O delegado disse ainda que essa funcionária é tratada como suspeita.
Ela é suspeita de erros de procedimento que podem ter levado à incineração do corpo disse o delegado.
Segundo o delegado, que deve ouvir outras testemunhas, as investigações ainda estão no início. Ele disse que a dificuldade em definir responsabilidades se deve ao fato de ninguém querer assumir um erro desses, que pode levar a sanções penais, cíveis e até mesmo administrativas.
A mãe do bebê, que tem 22 anos e é atendente de lanchonete, estava grávida de oito meses quando deu entrada na unidade, na madrugada da última terça-feira. Após a criança ser dada como morta, o pai, Raimundo Martins de Souza, de 28 anos, foi buscar o corpo para ser enterrado, mas não encontrou nada.
A criança nasceu morta por falta e oxigênio e não pôde ser enterrada. Desde então, segundo uma amiga da família, a mãe vai todos os dias ao hospital em busca de informações sobre o paradeiro do corpo.
Os dias parecem mais longos sem resposta. É uma tortura disse Tânia Vera de Sousa, amiga da mãe da criança.
Ela contou que a mãe, que mora em Rio das pedras, ainda está em estado de choque com o desaparecimento do corpo da criança.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que abriu uma sindicância para apurar o caso, mas afirmou não ter novidades sobre a investigação.
Fonte: Jornal Extra