Polícia investiga morte de mais uma paciente após procedimento estético.

No perfil de uma rede social, a médica oferece serviços de plástica e costuma postar imagens de pacientes.

A Polícia Civil investiga mais uma morte após a realização de cirurgia estética no Rio. A professora Adriana Ferreira Capitão Pinto, de 41 anos, morreu uma semana depois de se submeter a um procedimento em uma clínica de Niterói, no dia 16 de julho. De acordo com informações de um familiar de Adriana que pediu para não ser identificada, a professora fez uma lipoaspiração nas laterais do abdômen e um implante de gordura nos glúteos, e se recuperava bem do procedimento. No entanto, durante a madrugada da última segunda-feira, ela passou mal em casa e morreu antes de ser levada ao hospital.

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De acordo com o depoimento do marido de Adriana concedido a agentes da Polícia Civil, a professora fez o procedimento no consultório de Geysa Leal Corrêa, em Icaraí.  No Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) o registro de Geysa consta como em dia. No perfil de uma rede social, a médica oferece serviços de plástica e costuma postar imagens de pacientes antes e depois de procedimentos estéticos como o realizado por Adriana. A médica mantém dois consultórios de atendimento, um em Icaraí e outro em Magé, transferido recentemente no Shopping da Praça, em frente a Prefeitura Municipal de Magé.

Ela passou parte do domingo bem, sem sentir nada, foi ao shopping. No fim da tarde reclamou de falta de ar e estava com os pés um pouco inchados, mas achou que era por causa da cirurgia. Posteriormente, durante a madrugada, levantou para ir ao banheiro e caiu no chão, morta. O marido ainda tentou reanimá-la com a ajuda do Corpo de Bombeiros, mas não teve jeito. “Nós estamos muito abalados.” Declarou.

Adriana chegou a ser socorrida e levada para o Hospital municipal Lourenço Jorge, também na Barra da Tijuca, mas chegou sem vida à unidade de saúde. Adriana é de Paracambi, município da Baixada Fluminense, mas estava morando na Barra da Tijuca durante as férias. Ela era casada e deixa dois filhos.

A perita do Instituto Médico Legal (IML) nos disse que a causa da morte foi trombose e embolia pulmonar, muito provavelmente por causa do procedimento estético conta o familiar.

De acordo com agentes da 16ª DP (Barra da Tijuca), o caso será repassado para a 77ª DP (Icaraí), bairro em que está localizada a clínica onde a cirurgia foi feita. Adriana foi enterrada nesta terça-feira, no Cemitério Municipal de Paracambi. O corpo foi velado na Igreja Presbiteriana Independente, no Centro da cidade. Durante a cerimônia, familiares impediram a realização de imagens e não quiseram conversar com a imprensa. Cerca de 50 pessoas acompanharam o velório. Mesmo sem querer falar com a imprensa, era possível perceber que todos estavam muito abalados.

Nas redes sociais, amigos e familiares comentaram sobre a morte de Adriana: “E que o Eterno possa nos consolar neste momento de profunda tristeza. Sem palavras… a vida é um sopro. Vá em paz. Ficarão as boas lembranças e a saudade“, postou um internauta.

Outra pessoa destacou a personalidade de Adriana: “Mais um anjo foi morar com Papai do céu. Uma mulher guerreira, mãe, amiga e carinhosa!“.

Lilian, Mayara e Adriana morreram após se submeterem a procedimentos estéticos.

OUTROS CASOS INVESTIGADOS

O caso de Adriana é o terceiro registrado apenas nos últimos oito dias. Nesta segunda-feira, a modelo Mayara Silva dos Santos, de 24 anos, foi enterrada no Cemitério de Inhaúma, Zona Norte do Rio. A jovem chegou morta a uma unidade da UPA na Barra da Tijuca, na última sexta-feira, após um procedimento estético. Ela teria sido operada dentro de um apartamento na Zona Oeste, e a família sequer sabia do procedimento. O caso está registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca).

Na última semana, um outro caso ganhou repercussão mundial. O médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como “Doutor Bumbum”, foi preso acusado pela morte da bancária Lilian Calixto, de 46 anos. O caso também foi registrado na 16ª DP, onde é investigado. O médico está preso desde a última quinta-feira, acusado de realizar o procedimento que causou a morte da bancária. Segundo Nelson Nahon, presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj), os tratamentos que Denis aplicou não têm comprovação científica.

Antonio Alexandre, Magé/Online.com 

 

 

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