Polícia Federal indicia Temer por corrupção e lavagem de dinheiro

Investigação leva em conta a edição de um decreto assinado pelo presidente que teria beneficiado empresas do setor portuário.

O presidente Michel Temer (MDB), e outros 10 investigados foram indiciados pela PF (Polícia Federal) nesta terça-feira (16) pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

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A ação investiga a edição de um decreto assinado pelo emedebista que teria beneficiado empresas do setor portuário. Além do indiciamento, a PF solicitou o sequestro e bloqueio de bens de todos os investigados.

Na lista dos indiciados enviada ao ministro Luis Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), aparece ainda Maristela Temer, filha do presidente que teria sido beneficiada pela reforma de um imóvel para lavar dinheiro de propina.

O documento ainda pede ao Supremo a prisão preventiva do coronel reformado e amigo pessoal de Temer, João Baptista Lima Filho, da arquiteta Maria Rita Fratezi, mulher do coronel, de Carlos Alberto Costa e Almir Martins Ferreira.

“Aguardarei a manifestação do Ministério Público quanto aos requerimentos de sequestro e bloqueio de bens, assim como do pedido de prisão preventiva. Determino, no entanto, desde logo, a proibição de se ausentarem do país aos investigados que tiveram sua prisão processual solicitada pela autoridade policial”, disse Barroso.

Barroso afirma que a organização está “dividida em quatro núcleos: político, administrativo, empresarial (ou econômico) e operacional (ou financeiro)”. Segundo o ministro, o relatório menciona “provas de naturezas diversas, que incluíram colaborações premiadas, depoimentos, informações bancárias, fiscais, telemáticas e extratos de telefone, laudos periciais, informações e pronunciamentos do Tribunal de Contas da União”.

Também figuram na lista de indiciados o ex-assessor especial da presidência da República Rodrigo Rocha Loures, Antônio Celso Grecco, Ricardo Conrado Mesquita, Gonçalo Borges Torrealba e Carlos Alberto Costa Filho.

O inquérito dos portos foi aberto em setembro do ano passado, diante da suspeita de Temer ter recebido propina, por meio do então assessor especial, Rodrigo Rocha Loures, para editar um decreto que beneficiou a Rodrimar em alterações legais para o setor.

O Palácio do Planalto disse que não comentar o caso.

 

Fonte: R7

 

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