Polícia do Rio faz operação contra lavagem de dinheiro

Na casa de Jair a polícia encontrou um carro e uma moto de luxo, grande quantidade de dinheiro e jóias.

A Polícia Civil do Rio, por meio do Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de dinheiro (DGCOR-LD), realiza na manhã desta terça-feira uma operação, chamada Disk Gás, que visa o cumprimento de oito mandados de busca e apreensão em residências e empresas ligadas aos familiares do foragido da Justiça Fábio Pinto dos Santos, conhecido como Fabinho São João. Ele é investigado por suspeita de ser ainda um dos chefes do tráfico de drogas no Morro São João, no Engenho Novo, e na comunidade de Manguinhos, em Bonsucesso, ambos na Zona Norte do Rio.

Por ação da equipe de Inteligência da Polícia Civil, Fabio, que tinha três mandados de prisão por crimes como homicídio e associação para o tráfico de drogas, sob ele, foi preso na manhã desta terça em uma casa em Itaboraí, na Região Metropolitana. Ele estava com a mulher e não resistiu a prisão.

A investigação, iniciada há cinco meses, apura crimes contra a ordem tributária, contra a ordem econômica e de lavagem de dinheiro realizada por meio de duas empresas, pertencentes a parentes de Fabinho São João, que possuem como bairro de atuação as localidades de Manguinhos e Jacaré, e podem estar sendo utilizadas para lavar o dinheiro obtido por Fabinho São João em razão de suas atividades ilícitas.

Um dos depósitos de gás, na Álvaro da Seixas, no Engenho Novo, é apontado por participação do esquema de lavagem de Fabinho São João, e está sendo alvo de um mandado de busca e apreensão.

Outro alvo de busca e apreensão é uma casa em uma condomínio fechado no bairro de Inhaúma. Jair Silva dos Santos, de 35 anos, afirma ser primo de Fabinho São João e ser dono de um depósito de gás.

Eu fui pego de surpresa pela ação dos policiais. Eu não sei porque eles estão aqui. Agora vou com eles prestar esclarecimentos disse Jair.

Na casa dele foram apreendidos documentos, dinheiro em espécie, joias e dois carros.

Esse dinheiro é meu do meu trabalho afirmou.

Segundo o delegado Paulo André Souza da Silva, responsável pela investigação, Jair, sobrinho de Fabinho São João, movimentou em 18 meses ( 4 de novembro de 2016 e 20 de abril de 2018) mais de R$ 1 milhão de reais em duas empresas abertas: uma para a venda de botijões de gás, no Engenho Novo, e outra de venda de gelo, em Manguinhos.

A revendedora de gás tem capital social de R$ 50 mil e emprega cinco pessoas. Já a empresa de gelo tem capital social de R$ 200 mil e três pessoas empregadas.

Na casa de Jair a polícia encontrou um carro e uma moto de luxo, grande quantidade de dinheiro e jóias. O material foi apreendido.

A ação conta também com fiscais da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e com Auditores Fiscais da Secretaria de Estado de Fazenda (Superintendência de Fiscalização – SUFIS) que realizam inspeções em uma revendedora de Gás (GLP) localizada no Engenho Novo que pertence a familiares de Fabinho.

Guerra do tráfico e tiroteio com seis policiais feridos

Depois de preso pela Polícia Civil em 2009, Fabinho São João foi um dos dez condenados por tráfico de drogas no Rio que foram transferidos do complexo de Bangu, na Zona Oeste, para o presídio federal de segurança máxima de Campo Grande (MS), sendo que dos dez, nove eram de um facção criminosa responsável pela invasão na época do morro dos Macacos, em que foi derrubado um helicóptero da Polícia Militar, matando três dos seis ocupantes.

Fabinho foi acusado também de ter participado da troca de tiros com agentes da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos, no Rio, em novembro de 2008, em Manguinhos, ocasião que seis policiais ficaram feridos e vários veículos foram alvejados durante o tiroteio.

Depois de sair da prisão em setembro 2016, com sua sentença cumprida, Fabio, procurou a Central Única das Favelas (CUFA), uma ONG que visa à integração dos jovens de favelas dominadas por facções rivais, local onde passou a trabalhar até ser considerado um foragido da Justiça.

Fonte: Jornal Extra

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