PMDB-RJ sinaliza com desembarque do governo após ofensiva de Dilma

Presidenta decidiu que vai demitir todos os assessores nomeados por peemedebistas que optarem pelo rompimento com o Planalto.

PMDB2

O PMDB sinalizou no dia de ontem, 25, um provável “desembarque geral” do governo, logo após a presidenta da República Dilma Rousseff afirmar que vai demitir todos os assessores que foram nomeados pelos políticos peemedebistas que decidirem romper com o Palácio do Planalto.

E a primeira “vítima” já foi feita na última quinta-feira, 24, quando Dilma demitiu um assessor que foi nomeado pelo vice-presidente da República, Michel Temer, presidente nacional do PMDB. A atitude da presidenta foi considerada grave e ofensiva pelos peemedebistas, que já se organizam para deixar, definitivamente, o Governo Federal.

A ação de Dilma Rousseff contra os considerados “infiéis” contou com o apoio do Partido dos Trabalhadores. Contudo, agravou, ainda mais, a crise com o, até então, principal aliado da base governista na Câmara dos Deputados e no Senado, o PMDB, que já demonstra total desgaste para continuar ao lado do Governo Dilma em Brasília.

O maior e mais influente diretório dos peemedebistas no Brasil, que fica no Rio de Janeiro, já sinalizou, inclusive, o total apoio para o rompimento oficial do partido com o PT. A força do PMDB no Rio é tão evidente, que, tanto o prefeito da cidade, Eduardo Paes, como também o governador do estado, Luiz Fernando Pezão, pertencem à sigla.

A “vítima” demitida pela presidenta Dilma foi Antônio Henrique de Carvalho Pires, que ocupava a presidência da FUNASA (Fundação Nacional de Saúde). O mesmo, que, como já foi informado, era uma indicação de Michel Temer, teve a sua exoneração confirmada ontem em publicação no “Diário Oficial da União”. Ele afirmou, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, que sua demissão era uma “retaliação do Governo ao PMDB”.

Após a demissão de Antônio Henrique, líderes do PMDB se reuniram no mesmo dia em Brasília para discutir sobre a decisão de romper com o Palácio do Planalto. A decisão oficial da sigla deve ser divulgada após a comissão nacional do partido, marcada para acontecer na próxima terça-feira, 29, também na capital federal.

“Saída do PMDB do governo é uma questão de tempo”, diz cientista político.

Para o cientista político Jorge Gomes, o PMDB tem interesses políticos para romper com o PT, e isso deve acontecer nos próximos dias.

“A saída do PMDB do governo é uma questão de tempo e deve acontecer nos próximos dias. A relação entre os dois partidos já está bastante desgastada. Além disso, os peemedebistas têm interesses políticos para romper com o governo. Isso porque, como Dilma e o PT estão bem ‘queimados’ com a opinião pública, se afastando deles o PMDB pode garantir alguma segurança para sua imagem e não cair junto com o governo, caso este venha mesmo a sofrer o impeachment. A política é um jogo, e o PMDB, historicamente, sempre jogou com quem está ganhando, o que não é o caso do PT atualmente.”, afirma Gomes.

“Rumores políticos insinuam que Michel Temer teria a pretensão de se lançar candidato à presidência da República em 2018. Ele só não teria rompido ainda com o governo porque existe a possibilidade dele já assumir o Palácio do Planalto em 2016, caso Dilma Rousseff perca seu cargo. Todavia, com o agravamento das relações entre PT e PMDB, parece que não vai dá mais para Temer esperar pelo andamento do processo de impeachment, e, acredito, o anúncio do rompimento deve ser feito já na semana que vem.”, conclui o cientista político.

1
Fonte: blastingnews

 

 

 

Além disso, verifique

MAGÉ REAGE AO VANDALISMO COM ATO DE ENFRENTAMENTO A INTOLERÂNCIA

Maria Conga, guerreira quilombola símbolo de resistência, liderança feminina, acolhimento e inspiração que gerou as …

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *