Atingido estava sem farda no local pois mulher fazia protesto em frente ao batalhão.
Dois policiais militares trocaram tiros na porta do 12º Batalhão (Niterói), segundo o comandante da unidade, tenente-coronel Márcio Rocha. O episódio envolveu um PM que trabalha no batalhão e outro, que atua no Ministério Público.
Segundo o comandante, um policial militar lotado no Ministério Público contou que passava pela região e ouviu tiros. O policial deu ré e viu um homem armado próximo a unidade e imaginou que fosse um criminoso. O homem, na verdade era um sargento à paisana, que estava no local porque a esposa participava do protesto na porta do batalhão.
“Havia uma troca de tiros na favela do Sabão e passava um carro do Ministério Público descaracterizado, com PMs. Eles viram um PM que estava saindo pela Rua Presidente Castelo Branco à paisana e que também se abrigou dos tiros, porque ninguém sabia de onde estavam vindo. A viatura voltou de ré e, ao ver o policial atrás do muro, o identificou como suspeito e atirou”, explicou o comandante.
Os dois PMs trocaram tiros. O policial do 12º Batalhão foi atingido por um disparo nas costas e levado para um hospital particular em Icaraí, em Niterói. O estado de saúde dele é estável, segundo o comandante. O caso está sendo investigado pela 76ª DP.
Inicialmente, um policial da unidade chegou a afirmar que houve uma troca de tiros com criminosos. Depois, entretanto, o comandante esclareceu que o que ocorreu foi uma troca de tiros entre PMs.
Mesmo com o confronto, três mulheres e uma menor permanecem na entrada do 12º Batalhão. O comandante afirmou que, mesmo com os protestos, o policiamento na região segue normal. Em nota o Ministério Público destaca que vai acompanhar o caso.