A polícia ainda investiga a participação de mais uma pessoa no crime.
Agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) farão diligências na Região Serrana do Rio para recuperar a suposta arma usada pelo embaixador Kyriakos Amiridis no dia de seu assassinato. A existência da arma foi revelada em depoimento pelo policial militar Sérgio Gomes Moreira Filho, uma dos três presos pelo crime.
Segundo o relato do PM, o embaixador tentou alcançar uma arma no momento em que os dois entraram em luta corporal. Antes disso, Sérgio teria conseguido asfixiar Kyriakos. Depois de colocar o corpo do diplomata no porta-malas do veículo usado pelo embaixador, Sérgio não sabia o que fazer com o corpo e, à procura por um local para desová-lo, foi até Nova Friburgo, a cerca de 150km de Nova Iguaçu, onde Kyriakos foi morto.
Entretanto, Sérgio acabou não encontrando, em Friburgo, o local onde incendiaria o veículo e o corpo. Por isso, voltou para Nova Iguaçu, onde, às margens do Arco Metropolitano, ateou fogo ao veículo quase um dia depois do crime. No entanto, Sérgio afirmou que a arma que estaria em posse do embaixador foi deixada na região antes do retorno.
Prisão decretada
Na última sexta-feira, a Justiça decretou a prisão temporária por 30 dias de Françoise; seu amante, o PM Sérgio; e de Eduardo Tedeschi pelo assassinato do embaixador. De acordo com a decisão do juiz Felipe Carvalho da Silva, o PM tentou apagar imagens de câmeras de segurança do circuito interno do condomínio onde o diplomata foi morto e que mostram a remoção do cadáver.
A polícia ainda investiga a participação de mais uma pessoa no crime. Um mototaxista levou Sérgio a um posto para comprar gasolina e levou o PM até o local onde o carro com o corpo do embaixador seria incendiado.
Françoise negou ter participado do plano para matar seu marido. Em depoimento, ela responsabilizou seu amante pelo assassinato e disse que “não tinha culpa” e “que não podia evitar” o crime.
Investigadores que vieram da Grécia ainda buscam uma prova irrefutável de que o corpo encontrado carbonizado em Nova Iguaçu, nas proximidades do Arco Metropolitano, é do embaixador grego. Para isso, com o auxílio da polícia do Rio, o objetivo dos agentes é que seja realizado um exame comparando os DNAs do cadáver com o da mãe do embaixador, que vive na Grécia. Segundo o delegado da DHBF, Evaristo Magalhães, a realização do exame é protocolar.
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