PGR confirma bloqueio de contas de Cunha na Suíça

Autoridades do país europeu informaram o Brasil que encontraram contas em nome do deputado e de familiares; os valores foram bloqueados.

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, confirmou nesta quinta-feira a parlamentares de oposição que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), é dono de contas bancárias secretas na Suíça, tanto em seu nome como no de familiares – e que o saldo encontrado nas aplicações já foi bloqueado pelas autoridades do país europeu. A manifestação do chefe do Ministério Público servirá de base para que parlamentares do PSOL encaminhem um pedido de cassação do peemedebista ao Conselho de Ética da Câmara.

Cunha se recusa a comentar a investigação e em depoimento à CPI da Petrobras negou que tivesse contas no exterior. Nesta quinta, depois do anúncio de que o PSOL vai utilizar as respostas de Janot para pedir a cassação de seu mandato, Cunha afirmou que os parlamentares que pedem sua saída são “uma oposição conhecida”. “Se eles entrarem [no Conselho de Ética] é um direito deles. Eu responderei na hora que tiver que responder. Entrou no Conselho de Ética, eu vou responder onde entrar. Não estou preocupado com isso”.

O Ministério Público da Suíça investiga Eduardo Cunha pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Nesta quarta, um grupo de trinta deputados federais, majoritariamente do PT, protocolou na Corregedoria representação pedindo a abertura de investigação contra Cunha. O congressista já responde a inquérito apresentado pelo procurador-geral por suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro, mas pode ser alvo de novas acusações no Supremo Tribunal Federal (STF) por causa das contas secretas no exterior.

O engenheiro João Augusto Henriques, apontado pelo Ministério Público como um dos operadores do PMDB na Lava Jato, foi um dos investigados no petrolão que citou Eduardo Cunha como um dos beneficiários de dinheiro em contas secretas no exterior. Em depoimento à Polícia Federal, ele disse que repassou dinheiro a uma conta corrente cujo verdadeiro destinatário era o presidente da Câmara.

À Justiça, o lobista Julio Camargo, que atuou a favor da empresa Toyo Setal, também afirmou que o deputado Eduardo Cunha pediu 5 milhões de dólares do propinoduto da Petrobras em um contrato de navios-sonda. Outro delator, o ex-gerente da Área Internacional da Petrobras Eduardo Musa disse que cabia a Cunha, como parlamentar, dar a “palavra final” nas decisões da diretoria Internacional, quando a diretoria era comandada pelo réu no petrolão Jorge Zelada.

MGT
Fonte: Veja

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