Há 80 policiais federais nas ruas para cumprir 33 mandados judiciais.
A Polícia Federal (PF), junto com o Ministério Público Federal (MPF) e a Receita Federal prendeu, prendeu Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) na manhã desta terça-feira. Alves é ex-ministro nos governos Dilma e Temer e também ex-presidente da Câmara dos Deputados. A ação, batizada de Operação Manus, ainda está em andamento e é desdobramento da Lava-Jato, com base nas delações premiadas de executivos da Odebrecht. A investigação mira atos de corrupção ativa e passiva, além de lavagem de dinheiro, envolvendo a construção da Arena das Dunas, em Natal. O sobrepreço nas obras chega a R$ 77 milhões.
Há um total de cinco mandados de prisão sendo cumpridos. Um deles é contra o próprio Henrique Eduardo Alves. Outro, contra o também ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, que já está preso no Paraná. Há 80 policiais federais nas ruas para cumprir 33 mandados judiciais — cinco são de prisão preventiva, seis de condução coercitiva e 22 de busca e apreensão nos estados do Rio Grande do Norte e Paraná.
Na Operação Catilinárias, em 2015, a casa do ex-ministro já havia recebido policiais para o cumprimento de mandado de busca a apreensão. Os investigadores apuraram crimes de corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro no favorecimento de duas empreiteiras responsáveis por construir a Arena das Dunas, em Natal.
O sobrepreço na obra chega a R$ 77 milhões, segundo a PF. Alves e Cunha receberam propina das empreiteiras em forma de caixa 2 eleitoral.
O mandado de prisão contra Alves foi expedido pela Justiça Federal do Rio Grande do Norte. Ele foi ministro do Turismo nos governos Dilma Rousseff e Michel Temer, e pediu demissão em junho de 2016 após ser citado em delação de Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, subsidiária da Petrobras.
Em 2014, Alves concorreu ao governo do Rio Grande do Norte, mas foi derrotado no segundo turno.