Investigadores afirmam que, até recentemente, Lemos continuava a exercer a atividade de propagar de fake news.
A Polícia Federal prendeu preventivamente, nesta quinta-feira, Daniel Ribeiro Lemos, um dos alvos da investigação que apura monitoramentos ilegais de alvos pré-estabelecidos feitos pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) na gestão Bolsonaro. A prisão ocorre no âmbito da 5ª fase da operação “Última Milha”.
Segundo relatório da Polícia Federal, Lemos fazia interface “entre os vetores de propagação de desinformação e o núcleo-estrutura paralela, em especial, a célula atuante na Presidência da República”. A investigação aponta que ele atuava como uma espécie de “influencer” que recebia notícias falsas produzidas por um núcleo da própria Abin Paralela.
Investigadores afirmam que, até recentemente, Lemos continuava a exercer a atividade de propagar de fake news nas redes sociais para integrantes do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. O portal de transparência da Câmara mostra que ele é assessor do deputado federal Pedro Jr (PL-TO).
A nota da PF sobre a prisão diz que “um dos suspeitos recebia conteúdos de desinformação produzidos pela organização criminosa e os disseminava valendo-se de seu acesso ao parlamento federal. O material também era enviado a agentes estrangeiros, induzindo-os ao erro. Mesmo após a desarticulação do grupo, ele continuou difundindo notícias falsas por meio de redes sociais”.