PF cumpre mandado em casa de apontado como articulador de tentativa de suborno

Segundo delegado, ele chegou a oferecer até R$ 5 milhões para impedir prisão de Garotinho.

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Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa de Luiz Felippe Klem, ex-procurador da Câmara de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, na manhã desta quarta-feira (20). Ele foi apontado pelo delegado da PF, Paulo Cassiano, responsável pela Operação Chequinho, como um articulador de duas tentativas de suborno para tentar evitar a prisão de Anthony Garotinho (PR).

Luiz Felippe terá que se apresentar à Polícia Federal até esta quinta-feira (21), em caso de descumprimento da medida, ele poderá ser preso, de acordo com Paulo Cassiano. Luiz não foi encontrado pelos agentes em casa, que fica no Jardim Flamboyant.

Durante entrevista coletiva dada após o cumprimento do mandado, o delegado disse que Luiz Felippe, que atualmente atuava como procurador da Prefeitura de Quissamã, é suspeito de ter oferecido duas tentativas de suborno ao juiz Glaucenir de Oliveira em novembro de 2016.

Por meio de nota, a Prefeitura de Quissamã informou que “ao tomar conhecimento das informações sobre as investigações, que não envolvem Quissamã, a Prefeitura optou pela exoneração do senhor Luiz Felippe Klem de Mattos do cargo de Procurador Geral do Município e aguarda o desdobramento das averiguações em curso”.

Na ocasião, Glaucenir substituia o juiz titular do processo, Ralph Manhães. Foi ele o responsável pelo primeiro pedido prisão contra o ex-governador Garotinho. O ex-governador foi preso pela segunda vez na última quarta-feira (13) e cumpre a pena em prisão domiciliar.

Segundo a Procuradoria Regional Eleitoral, foram oferecidas e recusadas duas proprinas ao juiz Glaucenir: a primeira no valor de R$ 1,5 milhões, e a segunda no valor de R$ 5 milhões.

Ainda durante a coletiva, Paulo Cassiano informou que Luiz Felippe Klem não pode se aproximar de nenhum investigado na Operação Chequinho, além de não poder ter contato com testemunhas e com o próprio juiz Glaucenir.

Em nota, o advogado de Anthony Garotinho classificou as acusações de tentativa de suborno como infundadas e “ultrapassando a leviandade”. A nota diz ainda que as acusações são frutos de uma obsessão das autoridades em justificar “um processo marcado por arbitrariedades”. A defesa diz que “não há uma prova sequer” no inquérito da PF que comprove o envolvimento de Garotinho com essa “suposta tentativa de suborno”.

 Operação Chequinho

A ação investiga um esquema de troca de votos envolvendo o programa social Cheque Cidadão, na eleição municipal do ano passado. O programa é investigado pelo Ministério Público Federal por suspeita de irregularidades. Segundo o delegado que está à frente das investigações, Paulo Cassiano Júnior, o programa está sendo utilizado para fins eleitorais.

A operação começou em setembro de 2016, quando o MPE e a PF viram um “crescimento desordenado” do Cheque Cidadão. Em apenas dois meses, o número de inscritos passou de 12 mil para 30 mil. Desde então, a operação prendeu vereadores, eleitores e outros envolvidos no caso.

-7wwwFonte: G1

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