Classe inicia greve na Refinaria de Duque de Caxias. Reduc.
Ações são um “aquecimento” da categoria que realizará greve de 72 horas a partir de quarta-feira (30). Eles também denunciam a privatização da estatal
Ainda tentando se recuperar do desabastecimento provocado pela greve dos caminhoneiros, o Brasil passa a conviver a partir desta quarta-feira com o movimento grevista dos petroleiros, que estão divididos em duas federações.Uma das federações, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que congrega 14 sindicatos, anunciou greve de advertência por 72 horas, enquanto a Federação Nacional do Petroleiros (FNP), que reúne cinco sindicatos, convocou paralisação por tempo indeterminado.
A Refinaria Duque de Caxias (Reduc), no Rio de Janeiro, amanheceu com paralisação. A direção da Federação Única dos Petroleiros (FUP) convocou um ato na entrada do expediente para amanhã (29).
Apesar da decisão do Tribunal Superior do Trabalho de tornar ilegal a greve de petroleiros, funcionários da Refinaria de Duque de Caxias seguem em frente contrariando a decisão superior.
O coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, disse que é preciso aproveitar a greve dos caminhoneiros para denunciar à população a política entreguista de Pedro Parente. “O povo não vai saber que descobrimos 300 milhões de barris de petróleo e que um poço só coloca 40 barris de petróleo. Tudo isso está indo embora. Se a gente não falar para o povo que as plataformas da Petobras estão sendo construídas na China, Estados Unidos e Coreia, gerando emprego lá, enquanto os estaleiros no Rio de Janeiro estão fechados, eles não vão saber“, disse.
Simão Zanardi Filho, diretor do Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro) Caxias, criticou a política de preços do governo. “Com essa política, parece que não tem petróleo do Brasil, como se dependêssemos do mercado externo. Isso é um absurdo. Nós queremos mudar a política do Parente e tirar o processo de privatização da Petrobras. Não queremos aprofundar o golpe. Neste cenário, faremos a greve”, declarou.
Outras unidades também tiveram paralisações. Os trabalhadores da Refinaria do Paraná (Repar), em Araucária, de Paulínia (Replan) e Refinaria de Capuava, em São Paulo, a Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, e a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen) fizeram atos nesta manhã.
Trabalhadores do Pólo Industrial Guamaré, no Rio Grande do Norte, também pararam pela manhã. Na Refinaria Gabriel Passos (Regap) e da Termelétrica Aureliano Chaves fizeram um grande ato na portaria da refinaria, em Betim-MG. A categoria está realizando paralisações desde a semana passada.
“A atual direção da Petrobrás, ao atrelar o preço dos combustíveis ao barril de petróleo, reduziu a produção das refinarias para 68% de sua capacidade máxima e entregou parte do mercado interno para empresas estrangeiras. Com isso, o Brasil hoje importa cerca de 600 milhões de barris de petróleo refinado por dia a um custo mais alto, enquanto as refinarias da Petrobrás operam com carga baixa”, denuncia o coordenador do Sindipetro-MG, Anselmo Braga.
Segundo o Diretor da Federação Única de Petróleiros (FUP) e Presidente do Sindicato de Petroleiros de duque de Caxias (Sindipetro Caxias), Simão Zanardi Filho, após a realização de uma assembleia, na noite desta terça-feira, os funcionários decidiram iniciar a greve.
Petroleiros de Duque de Caxias já estão parados. A greve de advertência vai durar 72h e pauta a redução dos combustíveis e do gás de cozinha, a saída do presidente da Petrobras, Parente, e de sua política de preços baseada em fatores internacionais e contra a privatização.
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