A política de preços da estatal prevê reajustes dos combustíveis com maior frequência, refletindo as variações do petróleo.
A Petrobras voltou a aumentar o preço da gasolina, depois de cinco quedas consecutivas do valor do combustível. A partir desta quinta-feira, o preço nas refinarias subirá 0,74% e passará a ser de R$ 1,9671 por litro.
Em maio, o preço do combustível nas refinarias da Petrobras acumula alta de 9,42%, já que em 28 de abril o litro custava R$ 1,7977.
O diretor executivo da Petrobras, Nelson Luiz Silva, disse nesta quarta que a paralisação dos petroleiros por 72 horas não terá impactos na produção de combustível no país. “Estamos observando e trabalhando para evitar qualquer impacto na produção””, disse a empresários, durante participação no Fórum de Investimentos Brasil 2018, na capital paulista.
Para Silva, a greve dos petroleiros tem caráter político. A categoria protesta contra a política de preços da Petrobras, a gestão da estatal e os valores cobrados no gás de cozinha e nos combustíveis.
Paralisação dos caminhoneiros
Segundo o diretor, a Petrobras garantirá resultado econômico equivalente ao anterior à greve dos caminhoneiros, que prejudicou o abastecimento de combustível e alimentos no país.
A política de preços da Petrobras prevê reajustes dos combustíveis com maior frequência, inclusive diariamente, refletindo as variações do petróleo no mercado internacional e também a oscilação do dólar. “Se decido o investimento assim e pratico depois, na hora que eu tenho o produto, uma regra diferente, meu modelo econômico não vai parar em pé. Isso nos daria uma desvantagem muito grande em relação a outras empresas, por exemplo, que fazem ofertas para blocos do pré-sal”, argumentou o diretor. “A nossa independência, no sentido de definir o que é a melhor política de preços para a companhia, está preservada”, destacou.
A chefe da Assessoria Especial de Assuntos Econômicos do Ministério de Minas e Energia, Marisete Fátima Pereira, disse que a questão sobre os preços dos combustíveis não está encerrada o governo busca uma equação que atenda aos anseios dos caminhoneiros sem afetar a meta fiscal. “Estamos buscando o diálogo de forma que evolua, a economia volte a funcionar, porque está uma situação delicada”, disse ela.
Fonte: Jornal O Dia