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Eles disseram que esperam por entrega de motores de barco e que o prazo dado pela estatal era 30 de junho deste ano.
Com cartazes e nariz de palhaço, pescadores de Maricá e Saquarema fizeram um protesto na manhã desta quarta-feira (12) na Avenida Beira Mar, na altura de Maricá (RJ), reivindicando da Petrobras uma compensação, segundo eles, prometida pela estatal há cerca de seis anos, por conta da passagem do Gasoduto Rota 3 no trecho entre as duas cidades (de Maricá a Jaconé, em Saquarema).
Os manifestantes explicaram que foram procurados pela Petrobras por conta da interferência que o projeto Rota 3 teria em suas atividades.
De acordo com a Colônia de Pescadores Z-24, de Saquarema, na cidade são esperados 38 motores reservas para as embarcações. Segundo eles, a Petrobras deu um prazo final até 30 de junho de 2023 para fazer a entrega, o que não foi cumprido. Já a Colônia de Pesca que responde pelos pescadores de Itaipu, em Maricá, diz que faltam 12 motores, a legalização das embarcações, além dos apetrechos de pesca prometidos.
Ainda de acordo com os pescadores, outras comunidades foram compensadas, porém, as comunidades da Barrinha (Saquarema) e Itaipu (Maricá) ainda não foram contempladas com o material escolhido pelos pescadores como compensação.
“A Petrobras chegou pra gente limitando a gente de um ponto de pesca, que nós pescamos aqui dentro do mar. E eles iam dar um benefício para nós, pescadores. E esse benefício, eles prometeram pra gente um rádio, e esse rádio nós esperamos por anos. Isso dura seis anos. Chegou um momento que não tinha rádio. Nós fomos enganados, por isso nosso protesto. Depois do rádio, eles prometeram pra gente, ‘o rádio não dá, nós vamos dar um motor pra vocês’. E aí deram um prazo, nós frequentamos várias reuniões com eles. Estamos aqui pra mostrar nossa indignação e buscar uma solução”, desabafa Rômulo Pontes, pescador de Saquarema.
