PEÇA HISTÓRICA DE ARTE SACRA É FURTADA, NO CENTRO DO RIO

Ostensório, avaliado em cerca de R$ 150 mil, foi furtado, por dois moradores de rua, que invadiram a igreja.

A Igreja de São Francisco de Paula, na região central do Rio de Janeiro, foi invadida por dois moradores de rua e teve um tradicionalíssimo ostensório furtado. O objeto litúrgico, feito de prata e bronze cravejado de crisólitas, é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) do RJ e ficava numa grande vitrine de madeira que teve seu vidro destruído pelos criminosos. A igreja pertence à Irmandade de mesmo nome e é administrada pela própria arquidiocese.

A peça tem mais de 1 metro de altura e se divide na altura do que se pode considerar a “cabeça”, que se chama “luneta”. O bandido ao carregar o pesado e histórico objeto, acabou por quebrar a pequena cruz cravejada de pedras que fica no topo. A cruz foi encontrada. Mais tarde, ao se fazer uma inspeção no local, encontrou-se a base da custódia (outro nome para a peça litúrgica), que estava escondida do lado de fora da igreja. No momento apenas a parte redonda com raios (luneta) está desaparecida. A Polícia investiga e também funcionários da arquidiocese. Tendo em vista serem os ladrões visivelmente mendigos de rua, provavelmente seu intuito é vender a histórica e valorizada peça num dos vários ferros velhos clandestinos da região, tolerados há anos pelas autoridades. Há diversos deles na rua Senador Pompeu, na Frei Caneca e na região da Gamboa.

Vale ressaltar que o referido furto não é um caso isolado relacionado a artes sacras no Centro do Rio, que possui algumas das mais tradicionais e bem decoradas igrejas do país. No dia 24/10, você leu aqui no DDR que a Polícia Federal abriu uma investigação para apurar itens valiosos em prata de lei subtraídos das igrejas de Nossa Senhora da Lapa dos Mercadores, na Rua do Ouvidor, e Nossa Senhora do Monte do Carmo, na Rua Primeiro de Março. As peças foram encontradas na casa de leilões Dagmar Saboya, em Copacabana, uma das mais conhecidas e refinadas antiquárias do país. Neste caso, porém, especialistas avaliam que o criminoso deve tentar vender a artística peça pelo seu peso em prata.

O centro enfrenta um grave problema com cracudos e viciados, que moram nas ruas ou em prédios invadidos e, além de ameaçar transeuntes, depredam monumentos e prédios particulares, instrumentalizados pelas quadrilhas de ferros velhos clandestinos, que faturam alto comprando metais surrupiados, a peso. O reparo destes monumentos custa milhares de reais.

Há um vídeo completo mostrando o crime perpetrado pelos dois vagabundos. Um deles é claramente filmado e poderá ser facilmente identificado pelas autoridades, caso elas efetivamente planejem realizar seu trabalho. Os bandidos chegaram a arrancar roupas de uma imagem do Senhor dos Passos e a remover a cruz de madeira de uma outra imagem.

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