Thiago Pampolha na Mira: Postos de Sócio do Conselheiro do TCE Abastecem Frota Oficial do RJ.
Thiago Pampolha, ex-vice-governador do Rio de Janeiro e atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), está no centro de uma controvérsia envolvendo postos de combustíveis credenciados ao programa de vale-combustível utilizado por órgãos públicos. Ele é sócio de três desses estabelecimentos, o que levanta questões sobre possíveis conflitos de interesse e favorecimento.
Negócio de família
Esse é um negócio de família. O irmão do secretário, Diego Pampolha, administra oito postos. A irmã, Monique, tem 14 estabelecimentos desse tipo registrados em seu nome. O pai, Domingos, tem mais 16 postos. Ao todo, são 42 postos de gasolina controlados pela família Pampolha.
A situação remonta a 2020, quando a família de Pampolha, incluindo ele próprio, já era proprietária de 42 postos de gasolina. Na época, dois desses postos foram autuados pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) por irregularidades ambientais, sendo um deles de propriedade direta do então secretário de Meio Ambiente.
Em 2025, Pampolha renunciou ao cargo de vice-governador para assumir uma vaga no TCE-RJ. Pouco depois, surgiram denúncias de que três de seus postos estavam entre os credenciados ao programa de vale-combustível utilizado por órgãos públicos. Isso gerou preocupações sobre a possibilidade de favorecimento indevido e uso de informações privilegiadas para beneficiar seus negócios.
Além disso, Pampolha já enfrentou outras controvérsias em sua carreira política. Em 2017, foi um dos parlamentares a votar a favor da nomeação de Domingos Brazão para o TCE-RJ, uma decisão amplamente criticada na época. Em 2022, também votou pela revogação da prisão de deputados envolvidos na Operação Cadeia Velha, que investigava um esquema criminoso envolvendo agentes públicos e empresários.
Atualmente, o Ministério Público Eleitoral está recorrendo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar cassar os mandatos de Cláudio Castro e Thiago Pampolha, alegando supostos gastos ilícitos na campanha de 2022 .
Essa situação destaca a necessidade de maior transparência e fiscalização nas relações entre agentes públicos e empresas privadas, especialmente em setores sensíveis como o fornecimento de combustíveis para órgãos governamentais.