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Operação mira suspeitos de furtos em dutos de Petróleo na Baixada

As investigações começaram há seis meses, após uma perfuração de dutos da Transpetro no município de Guapimirim.

A Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) desencadeou, na manhã desta terça-feira, uma operação contra uma organização criminosa especializada em furtos diários de petróleo em dutos da Transpetro/Petrobrás, na Baixada Fluminense. A ação foi batizada como “Porto Negro”. A Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, cumprem cinco mandados de prisão e quatorze de busca e apreensão contra o bando. O prejuízo causado pela quadrilha com as perfurações realizadas pela quadrilha é de R$ 2 milhões, segundo a Polícia Civil.

Entre os mandados de prisão está o do capitão da Polícia Militar Marcelo Queiroz dos Anjos, que já é considerado foragido. Outras quatro pessoas foram presas. Entre elas, Gilson Cunha Júnior, o Gilsinho, apontado como o responsável por coordenar o transporte do combustível até o receptador. Os demais detidos são: Jorge Braga Dias, o Leandro; José Carlos da Silva, o Zé, que seria motorista do banco; e Walmir Aparecido Marin, Velho, apontado como receptador e financiador.

As investigações começaram há seis meses, após uma perfuração de dutos da Transpetro no município de Guapimirim, na Baixada. Durante a apuração sobre a quadrilha, interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça identificaram a atuação da mesma organização criminosa em duas outras perfurações para furto de petróleo, em Nova Iguaçu e em Queimados, também na Baixada. Neste último município, os criminosos construíram um túnel subterrâneo para acesso ao duto e chegaram a alugar uma retroescavadeira para abertura de uma via de acesso para caminhões-tanque ao local da retirada do petróleo.

Essa investigação iniciou a partir de um furo ocorrido no município de Guapimirim. A partir daí o Ministério Público e a DDSD identificaram mais três furos, totalizando quatro perfurações, todas elas atribuídas a essa organização criminosa disse o delegado André Leiras, titular da DDSD, em entrevista.

Segundo ele, as buscas realizadas nesta terça são muito importantes porque a quadrilha tem outros integrantes ainda a serem identificados:

Haverá um aprofundamento das investigações e, no futuro, haverá a prisão dos demais envolvidos.

O delegado disse ainda que a sofisticação no modo de agir da quadrilha chamou a atenção dos agentes.

É um trabalho técnico. Um duto subterrâneo extremamente bem feito. Isso chamou muita atenção. Gasta-se muito dinheiro para fazer um trabalho daquele nível de qualidade. Tudo para facilitar o crime e tentar ludibriar a fiscalização da polícia destacou Leiras.

Ainda de acordo com as investigações, o chefe da organização criminosa, também responsável pela cooptação dos demais integrantes é o oficial da PM, alvo da operação. Para os investidores, Anjo também é a pessoa que alugou a retroescavadeira utilizada para abertura de uma via de acesso e construção do túnel em Queimados.

Segundo as investigações, após roubarem o material no Rio, o produto era transportado para a cidade de Rolândia (PR) para adulteração e posterior revenda. Na cidade paranaense, os agentes cumprem mandado de prisão e de busca e apreensão contra o empresário Walmir Aparecido Marin, já preso pela DDSD na operação “Sete Capitães II, em dezembro de 2020.

No Rio, os mandados são cumpridos na capital, em Duque de Caxias, na Baixada, e em Itaboraí, na Região Metropolitana. Também são cumpridas ordens de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, em endereços ligados aos demais integrantes da organização criminosa.

Fonte: Jornal Extra

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