Ínicio / Destaque / Novo titular da Saúde foi indicado por Flávio Bolsonaro e se propõe a manter “política” que já matou quase 300 mil.

Novo titular da Saúde foi indicado por Flávio Bolsonaro e se propõe a manter “política” que já matou quase 300 mil.

O cardiologista Marcelo Queiroga será o quarto ministro da saúde do Brasil na pandemia.

Jair Bolsonaro anunciou ontem a escolha do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pouco depois da reunião que teve com o médico no Palácio do Planalto. A notícia foi dada após assessores do presidente espalharem para a imprensa que mais postulantes ao cargo seriam recebidos ao longo da semana, o que sempre tem o condão de fazer os jornalistas parecerem pouco confiáveis. 

Ao seu estilo, Bolsonaro divulgou a decisão: em conversa com apoiadores plantados no Palácio da Alvorada, transmitida pelo canal bolsonarista no YouTube Foco do Brasil. Afirmou que Marcelo Queiroga “tem tudo para fazer um bom trabalho”.

Queiroga foi bem menos contundente do que havia sido na véspera, quando concedeu entrevista à Folha. No domingo, o médico disse que não era favorável ao uso da cloroquina para o tratamento da covid-19 – e destacou que a Sociedade Brasileira de Cardiologia, entidade que até então presidia, não recomendava a prescrição. Depois da conversa com Bolsonaro, em entrevista à CNN Brasil declarou que:Existem determinadas medicações que são usadas, cuja evidência científica não está comprovada, mas, mesmo assim, médicos têm autonomia para prescrever”, afirmou, emendando que se deve chegar a “um ponto comum”.

Sobre lockdowns, Queiroga disse que não podem ser “política de governo” e há “outros aspectos da economia para serem olhados”. Segundo o colunista Beto Bombig, alguns secretários estaduais de saúde e governadores estão esperando o apoio do novo ministro às quarentenas. Já a colunista Camila Mattoso ouviu de secretários a avaliação de que Queiroga é “um gente boa”.

Marcelo Queiroga fez campanha para Jair Bolsonaro em 2018.

Depois do resultado do primeiro turno, elogiou o então candidato nas redes sociais: “patriota, homem simples, espirituoso e acessível”. Meses antes, havia tomado café da manhã com ele e seu filho mais velho, Flávio Bolsonaro, ocasião na qual colheu essas impressões. “Sobre a classe médica e suas demandas, o Jair diz que sempre votou a favor da categoria e que frearia a abertura indiscriminada de escolas médicas e a importação ilegítima de ‘médicos’ cubanos“, escreveu. O entusiasmo lhe rende um lugar na equipe de transição do governo e, mais tarde, uma indicação para a diretoria da ANS, que não foi concretizada por conta da pandemia.

Ludhmila Hajjar é pessimista quanto a atuação do novo ministro

Hajjarem entrevista à CNN Brasil e a GloboNews que irritaram bastante o Planalto e, para alguns analistas, apressaram ainda mais a substituição do general. Na primeira, ela afirmou que “não é o momento para assumir o Ministério da Saúde, principalmente por motivos técnicos”, as divergências de sempre com o script presidencial contra o isolamento social e inventor do “tratamento precoce” da covid-19. Para a GloboNews, ela pesou mais a mão: “Acho que o cenário é bastante sombrio. O Brasil vai chegar rapidamente em 500 mil, 600 mil mortes e não só isso, mas todo o impacto que esta doença terá em longo prazo, sequelas e consequências que não estão sendo pensadas.

No Alvo do Centrão 

A troca no Ministério da Saúde não saiu de acordo com os planos do Progressistas. O presidente da Câmara, Arthur Lira, acabou sendo desprestigiado publicamente depois de oferecer seu apoio à indicação de Ludhmila Hajjar – e ver os três nomes do seu partido, Doutor Luizinho (RJ), Hiran Gonçalves (RR) e Ricardo Barros (PR), serem preteridos sem direito a convite para sabatina no Planalto.

A situação acendeu no Centrão, ou em pelo menos parte dele, a velha chama da chantagem. “Um influente político do Centrão resume: Bolsonaro quis escolher um nome sozinho. Não tem problema. Mas terá que acertar na seleção do seu quarto ministro da Saúde porque, caso seja necessário fazer uma nova troca, o país não vai parar para discutir quem será o quinto, mas sim o próximo presidente da República. Na versão de um deputado, ninguém mais ficará brincando de escolher ministro”, apurou o Estadão.

Fonte: Portal Outra Saúde

 

 

 

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