Na TV, Witzel associa Paes a presos da Lava Jato; ex-prefeito diz que ‘não é réu em processo criminal’

Witzel associou Paes à cúpula do MDB presa na Operação Lava Jato. Paes explorou a falta de experiência administrativa do adversário.

No primeiro programa eleitoral do segundo turno, os candidatos ao governo do Rio Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM) mantiveram a troca de ataques que marcaram a ultima semana. Com o discurso da mudança, Witzel associou Paes à cúpula do MDB presa na Operação Lava Jato. Paes explorou a falta de experiência administrativa do adversário.

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Logo no início, um locutor narra um texto com a imagem da sigla MDB, ex-partido de Paes, mas que está em sua coligação. A legenda tinha uma mancha vermelha, simbolizando sangue. Fotos do ex-prefeito ao lado de aliados e do ex-presidente Lula também foram divulgadas pela campanha de Wilson Witzel.

Chegou a hora de decidir o futuro do nosso estado. É você que vai escolher. E quais são as opções? Uma você já conhece: há 12 anos, eles assaltam o Rio de Janeiro e querem voltar. O velho PMDB 15, de Cabral, Paes, Picciani, Paulo Mello, Pezão. Agora, ele vem disfarçado de democrata. Mudaram a placa. Colocaram o 2 em cima do 1. Mas todo mundo conhece o Paes“, disse o locutor.

Em seguida, a peça eleitoral do ex-juiz federal exibe reportagens publicadas na imprensa sobre episódios da Lava Jato.

Ele (Eduardo Paes) é amigo de Sergio Cabral, do PMDB, ex-governador do Rio. Preso e condenado a mais de 100 anos e que comandava um esquema de tráfico de influência e desvio de dinheiro público em escala jamais vista na história do Rio de Janeiro. Ele (Eduardo Paes) é amigo de Jorge Picciani, do PMDB, chefe de uma Alerj tendenciosa e corrompida que dava sustentação legislativa às decisões criminosas do Executivo. Todos são amigos do atual governador Pezão, do PMDB, cuja gestão desastrada tanto prejudicou a vida do nosso povo. Pezão e o PMDB estão fingindo que não têm candidato. Fingem porque sabem que quem eles apoiarem perde“, afirmou o narrador.

Durante a propaganda, Wilson Witzel aparece em caminhadas com o deputado estadual Flávio Bolsonaro (PSL), senador eleito em primeiro lugar no Rio com 4,1 milhões de votos. Ele é filho do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que declarou neutralidade nas eleições do estado. O ex-magistrado teve uma votação expressiva no primeiro turno graças à onda da família Bolsonaro a seu favor.

“Esse é o meu governador. Governador, todos nós vestimos a mesma camisa, que é a camisa do Brasil”, declarou Flávio Bolsonaro em imagens gravadas durante um evento no primeiro turno.

Apoio de artistas

Citado em delações premiadas na Lava Jato, Eduardo Paes agradeceu os votos que recebeu no primeiro turno e acusou adversários de tentar associá-lo à corrupção. Segundo o ex-prefeito, “nada foi comprovado na Justiça” e que “não é réu em nenhum processo criminal”. E ressaltou: “nunca roubei e nem fiz parte de qualquer esquema”.

O programa de Paes exibiu ainda depoimentos com apoios de artistas, como o da bailarina e coreógrafa Deborah Colker, do poeta, compositor e filósofo Francisco Bosco, e dos cantores Sandra de Sá, Alcione e Neguinho da Beija-Flor.

Paes destacou a falta de experiência administrativa de Wilson Witzel e comparou a situação com a do atual prefeito Marcelo Crivella (PRB), sem citá-lo nominalmente.

“Quando alguém sem experiência chegou à Prefeitura do Rio, depois de mim, a situação mudou e foi para pior. As contas públicas vão mal. A saúde básica já não é mais a mesma e os servidores, que na minha gestão recebiam até décimo quarto salário, hoje correm o risco de não ter nem o décimo terceiro no fim do ano. Por isso, cabe a pergunta: afinal, quem é o outro candidato a governador? O que ele já fez? Qual é a sua experiência em gestão?”, perguntou Paes.

A propaganda do ex-prefeito também explorou um episódio de quando Wilson Witzel era juiz criminal no Espírito Santo e pediu transferência para o Rio depois que ele e a família foram ameaçados de morte.

Quando teve chance de enfrentar o crime, recuou diante de ameaças“, disse o locutor. Em seguida, uma atriz leu uma declaração de Witzel publicada na imprensa sobre o caso:

Eles conseguiram me intimidar e isso me fere profundamente. Eles me intimidaram e eu tive de trocar de área para preservar a minha vida“. E ela concluiu: “Agora, promete enfrentar os criminosos. Dá para confiar nele?”.

Depois, Paes disse que “nunca fraquejou” e apresentou uma série de propostas na área da segurança pública. Afirmou ser prioridade “a transparência e o combate à corrupção”.


Fonte: Jornal O Dia 

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