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Segundo investigações, agentes sequestravam e extorquíam dinheiro dos criminosos.
O MP-RJ (Ministério Público do Rio Janeiro) realiza, na manhã desta quinta-feira (26), a operação Mercenários, com objetivo de prender 11 policiais militares acusados de corrupção, tortura, peculato e concussão – quando um funcionário público utiliza o cargo para obter vantagens ilegais.
Segundo as investigações, os PMs, entre outros crimes, sequestravam e extorquiam dinheiro dos criminosos, utilizando tortura e cobrando pagamento de resgate. Além das prisões, estão sendo cumpridos 35 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados.
As investigações tiveram início a partir da análise de dados de um aparelho celular apreendido durante uma operação realizada em agosto de 2020 para desmantelar um grupo miliciano que controlava o serviço de mototáxis na comunidade Asa Branca, em Jacarepuá, na zona oeste do Rio. A partir dos dados encontrados no aparelho, verificou-se que policiais militares do 24º BPM (Queimados) e do 21º BPM (São João de Meriti), integravam organizações criminosas para cometer os crimes citados.
Entre os investigados, estão o comandante do 15º BPM (Duque de Caxias), o tenente-coronel André Araújo de Oliveira, e o chefe do Serviço Reservado do batalhão, o capitão Anderson Santos Orrico.
Os integrantes da quadrilha recebiam propina de criminosos, em especial de traficantes. Quando o valor acertado não era pago, os denunciados realizavam atos de violência, através de extorsões de dinheiro, torturas e homicídios, além de desviar materiais ilícitos apreendidos durante operações.
Em nota, a Polícia Militar informou que está colaborando com as investigações. Previamente, o comandante do batalhão de Duque de Caxias, André Araújo de Oliveira, foi afastado da função.
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