Empresário estava em ultraleve que bateu em um barranco e pegou fogo na Zona Oeste do Rio.
A morte do empresário Thomas Pavelka, de 59 anos, em um acidente de ultraleve no Rio de Janeiro gerou comoção de amigos e parentes em Petrópolis, na Região Serrana, onde ele morava e era proprietário de uma lanchonete tradicional no bairro Quitandinha, em funcionamento há 66 anos. Thomas estava no segundo casamento e deixa dois filhos adultos.
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O acidente aconteceu na tarde de sábado (21), nas imediações do Clube Esportivo de Voo, em Santa Cruz. O piloto da aeronave, Marcos Calvi, também morreu. Ainda não há informações sobre o velório e enterro das vítimas.
De acordo com o capitão Erick Costa, do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos, órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), o ultraleve atingiu o barranco e pegou fogo.
O Cenipa fará a investigação sobre o que contribuiu para o acidente. A ocorrência também foi registrada na 43ª Delegacia de Polícia, em Guaratiba, e os corpos do Thomas e do piloto foram levados para o Instituto Médico Legal (IML).
Amigos lamentam a perda
O arquiteto, Paulo Lyrio, conhecia Thomas desde o jardim de infância. Eram amigos há 50 anos. Ele contou que Thomas era um dos melhores pilotos de ultraleve que conhecia e que voava desde 1999.
“Ele chegou a ter uma aeronave e depois vendeu.
Agora estava retomando os voos”, disse.
Os dois estudaram no colégio alemão da Igreja Luterana e depois no Werneck. De acordo com Paulo, Thomas tinha as melhores qualidades de um amigo.
“Era fiel, sempre me ajudava na hora que eu precisava. Um amigo de verdade“, disse emocionado.
O arquiteto afirmou ainda que Thomas sempre foi um empresário de grande visão, que chegou a morar em Manaus, onde tinha negócios, mas depois voltou para Petrópolis e já tinha planos de montar uma nova unidade da lanchonete na rodovia BR-040.
“Era um empreendedor nato. A vida dele era o trabalho.
Era também um petropolitano que amava a cidade”, disse Paulo.
O chef, Ricardo Gonzalez, também amigo de Thomas desde os tempos da escola, disse que, na época, ele já era estudioso e se tornou um homem visionário e empreendedor.
“Tinha paixão por tudo o que fazia. E fazia sempre muito bem feito“, afirma.
Fonte: Portal G1