Missão da Rocket Lab falha e causa perda de sete satélites no espaço

Voo durou apenas quatro minutos; empresa investiga a origem da falha.

O foguete da Rocket Lab Electron não conseguiu alcançar a orbita ao tentar lançar sete pequenos satélites para três clientes diferentes no sábado (4 de julho).

O foguete, de dois estágios, decolou da estação de lançamento da Rocket Lab na Nova Zelândia (0919 GMT), carregando sete satélites destinados a capturar imagens da Terra para três clientes (Planet, Canon Electronics e UK In-Space Missions), mas um problema durante a queima do motor do segundo estágio levou à perda de todas as sete cargas úteis.

O CEO do Rocket Lab, Peter Beck, pediu desculpas pelo fracasso no Twitter. “Sinto muito por não termos conseguido entregar os satélites de nossos clientes hoje. Tenha certeza de que encontraremos o problema e voltaremos a funcionar em breve.“

O lançamento pareceu prosseguir como planejado para os primeiros minutos cruciais do voo. Depois de seis minutos do lançamento, o vídeo ao vivo do foguete congelou. Nesse ponto, a transmissão ao vivo da empresa mostrou que o foguete começou a perder velocidade e altitude. Foi então que a Rocket Lab cortou o vídeo ao vivo¹.

A empresa anunciou logo depois no Twitter a perda do foguete.

A Rocket Lab estava originalmente programado para lançar o foguete Electron na sexta-feira (03), mas atrasou o voo para domingo (05) devido ao mau tempo. Mas uma nova perspectiva climática levou a Rocket Lab a mudar o lançamento um dia antes – uma raridade na indústria de voos espaciais. (Normalmente, as datas de lançamento avançam mais, em vez de retroceder).

A missão, o 13.º voo da Rocket Lab, foi nomeada “Pics oi it Didn´t Happen” (fotos ou isso não aconteceu) numa referencia direta aos sete satélites que iriam capturar imagens da Terra a bordo do foguete. O voo também marcou o segundo lançamento do construtor de foguetes da Califórnia em apenas três semanas. Foi o tempo de resposta mais rápido da empresa entre as missões até o momento.

Desde a sua formação, a Rocket Lab lançou um total de 53 satélites em 12 missões, e a maioria desses voos foi bem-sucedida. Somente o primeiro voo da empresa, lançado em 2017, não conseguiu orbitar devido a um problema de telemetria, não um problema com o foguete. Todos os outros voos foram bem sucedidos.

A empresa precisará determinar o que causou a anomalia, pois possui grandes planos, incluindo uma missão à Lua. A empresa está programada para lançar um cubesat na Lua em 2021 como parte de um contrato com a NASA no valor de US$ 9,95 milhões.

A Rocket Lab tem sua base de operações em Mahia Peninsula, na Nova Zelândia, que a empresa chama de LC-1 (Launch Complex 1 – complexo de lançamento 1). Atualmente, a empresa está construindo um segundo local, chamado LC-2, na Virgínia, EUA.

A Rocket Lab cobra US$ 5 milhões por voo para o foguete Electron, embora o custo geralmente seja dividido entre os vários pequenos satélites, como os cubeSats, que podem ocupar a maior parte do foguete. O Electron é diminuto quando comparado à maioria dos foguetes que enviam carga para a órbita, como o Falcon 9 da SpaceX que mede 70 metros de altura e custa US$ 62 milhões por voo.

O foguete Electron têm 15 metros de altura e pode levar cargas de até 227 kg durante cada missão. O primeiro estágio usa nove motores Rutherford (um propulsor líquido desenvolvido pela Rocket Lab) enquanto o segundo estágio usa um único Rutherford.

Assim como a SpaceX e a Blue Origin, a Rocket Lab quer pousar seu foguete, porém não será como o Falcon 9, mas como um helicóptero.

Fonte: Cavok.com

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