Milicianos têm cemitério particular na Zona Oeste do Rio

As investigações mostraram que a milícia do Catiri explora o sinal de TV a cabo, a venda de botijões de gás e cobra taxa de segurança de R$ 30 mensais.

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A milícia que domina a Favela do Catiri, em Bangu, usa o aterro sanitário de Gericinó, vizinho ao complexo penitenciário homônimo, como local de descarte dos corpos de desafetos. A informação está em inquérito da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), encaminhado à Justiça em fevereiro, que resultou na decretação da prisão de seis acusados de integrar o grupo.

Testemunhas contaram em depoimento que a milícia explora o despejo de entulho no aterro e, através de uma empresa de segurança, controla a entrada e a saída de caminhões. Segundo os relatos, Marco Antônio Figueiredo Martins, o Marquinho Catiri, é o chefe da quadrilha. Porém, é pouco visto no local. Seu homem de confiança é Ademir Nunes, responsável pela exploração do aterro sanitário, pelo controle do transporte alternativo e pela ocupação irregular e venda de terrenos.

Já o sobrinho de Ademir, Wolber Nunes Torres, de 25 anos, é dono da Wolber 2007 Serviços de Zeladoria Ltda., responsável pelo trânsito de caminhões no aterro de Gericinó. Wolber também seria o responsável pelo recolhimento do dinheiro de compradores dos terrenos da quadrilha.

Os depoimentos também ajudaram a polícia a solucionar um assassinato: em 3 de março, Ademir bateu com um pedaço de madeira na cabeça de um homem num bar da região. A vítima ‘‘teria esbarrado em uma churrasqueira que estava sendo utilizada pelo agressor’’. Na ocasião, um policial do 14º BPM (Bangu), segurança de Ademir, ligou para a polícia e disse que a agressão foi ‘‘uma briga entre bêbados’’. A Delegacia de Homicídios (DH) investiga. Outra testemunha disse que Ademir ‘‘mata por qualquer motivo’’.

Serviços são monopolizados

As investigações mostraram que a milícia do Catiri explora o sinal de TV a cabo, a venda de botijões de gás por R$ 70 e cobra taxa de segurança de R$ 30 mensais de cada morador. Em fevereiro, após a Justiça decretar a prisão deles, agentes da Draco estiveram na favela e estouraram uma central de ‘‘gatonet’’.

Após a ação, o grupo de Ademir não foi visto na comunidade por duas semanas. Imagens que fazem parte da investigação e foram obtidas pelo EXTRA revelam que, em 19 de fevereiro, o grupo voltou (reproduções de vídeo acima). Num dos vídeos, é possível ver nove homens com fuzis entrando na favela. Além dos homens já citados, estão foragidos Valmir Paulo de Oliveira, terceiro na hierarquia do grupo; Luciano Rodrigues; e Alan Monteiro.

Domínio pelo medo

Recompensa
O Portal dos Procurados do Disque-Denúncia oferece recompensa de R$ 1 mil por informações que levem às prisões de cada integrante do grupo de milicianos que age no bairro do Catiri, em Bangu.

Integrantes

Entre os procurados, estão Marquinho Catiri, Ademir e Wolber.

Denúncias

Quem tiver informações a respeito dos criminosos pode passar uma mensagem para o Whatsapp ou Telegram dos Procurados (21) 96802-1650 ou ligar para o Disque-Denúncia no (21) 2253-1177 /1178.

Problema antigo

Em 2009, reportagem mostrou que o lixão de Bangu já era um problema. Além dos urubus, moscas e mosquitos ao lado do complexo penitenciário e da montanha de lixo, que tinha 17 andares de altura na época, era possível observar toda a movimentação dentro dos presídios.

001Fonte: Jornal Extra

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