Megaoperação no Rio, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Rio Bonito cumpre ao menos 74 mandados de prisão contra Milícia

Grupo paramilitar aterroriza moradores e comerciantes, policiais cumprem 74 mandados de prisão e outros 93 de busca e apreensão.

A polícia e o Ministério Público do Rio prenderam, na manhã desta quinta-feira (4), 40 suspeitos de integrar uma milícia que invadiu a cidade de Itaboraí, Região Metropolitana do Rio. O grupo é comandado por Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, que está no presídio federal de Mossoró (RN).

Segundo as investigações da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá (DHNSGI), ao menos cinco policias militares estão ligados a Curicica. Um dos alvos da ação é o ex-PM Alexandre Loback Geminiani, o Playboy, que mora no Centro de Itaboraí.

A Polícia Civil iniciou a operação na manhã desta quinta-feira em vários pontos do Rio, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Rio Bonito para cumprir os mandados de prisão contra um grupo ligado ao miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica — preso desde outubro de 2017, no presídio federal em Mossoró, no Rio Grande do Norte. Dentre os alvos estão policiais militares e civis.

A Polícia Civil afirma que a milícia chegou a Itaboraí com ajuda de PMs e passou a matar usuários de drogas, pessoas que praticavam pequenos roubos e até mesmo prender traficantes de outras comunidades da região. O objetivo era expandir o domínio do grupo.

A DHNSGI descobriu, durante um ano de investigação, que Curicica colocou um dos homens de confiança, Renato Nascimentos dos Santos, o Renatinho Problema, para expandir os negócios da quadrilha na cidade. Problema foi preso no final do ano passado durante uma ação da 82ª DP (Maricá).

Em Itaboraí, o grupo passou a atuar de diversas formas. Além de ameaçarem e extorquirem moradores e comerciantes — em serviços como exploração de gás, TV a cabo e mototáxi — o bando de Curicica e Renatinho começou a exigir taxas para empresas que prestavam serviços para o Complexo Petroquímico do Rio (Comperj). A polícia identificou que o grupo ainda cobrava o transporte das empresas que levavam funcionários ao Comperj. Além de atuarem na compra e venda de imóveis da região.
Ainda segundo a polícia, a milícia estaria por trás de diversas mortes e desaparecimentos no município. Em um primeiro momento, os desafetos eram mortos e seus corpos deixados à mostra.

Por conta das diversas investigações da DHNSGI, o bando passou a matar e desaparecer com os corpos.

Pelo menos 300 policiais atuam na operação. As corregedorias das policiais Militar e Civil acompanham e dão apoio a ação.

Os agentes prenderam policial militar Fábio de Souza Costa, o China, que trabalha na Unidade de Polícia Pacificadora do Borel, na Tijuca, Zona Norte do Rio. Ele estava em casa e demorou alguns minutos para abrir a porta, mas acabou se rendendo.

Leonis Loviz da Silva; Cláudio José Rodrigues Braz, o Polegar; e Altemar de Oliveira Rodrigues, o Zé Trovão ou Mazinho, presos na Operação Salvator.


Fonte: Jornal O Dia 

 

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