O dinheiro teria sido negociado com os policiais por um advogado da facção.
A juíza Tula Mello, da 20ª Vara Criminal da capital, decretou a prisão de nove policiais militares suspeitos de terem recebido propina de traficantes da maior facção criminosa do Rio para ajudarem na retomada da Cidade Alta, no início do mês passado. A decisão é dessa quinta-feira. A magistrada também determinou o afastamento dos sigilos bancário e fiscal dos suspeitos. Os nove PMs eram integrantes do Grupamento de Ações Táticas (GAT) do 16º BPM (Olaria) e foram transferidos da unidade sob suspeita de terem recebido propina.
De acordo com a decisão de Tula Mello, a denúncia sobre o recebimento de propina foi feita pelo traficante Carlos Alberto de Assis Farias, vulgo Cachoeira, preso após a tentativa de retomada. Ao receber atendimento médico no Hospital Estadual Getúlio Vargas, ele revelou um acordo entre os policiais investigados, integrantes , segundo ele, do GAT dos Angolanos, para que dessem apoio “na manutenção do terreno conquistado” em troca de propina. A fala de Cachoeira foi gravada por um policial que fazia sua escolta na unidade de saúde. “As diligências investigatórias provindas do Ministério Público, confirmando o teor do discurso do traficante, fazem conhecer fundadas razões que apontam os investigados como autores dos crimes ora investigados”, afirmou a magistrada em sua decisão.
O traficante fez a denúncia porque disse ter “tomado uma volta” dos policiais, já que pagou para ter apoio na retomada da comunidade, mas a PM prendeu 45 integrantes da facção e apreendeu 36 fuzis. Há suspeita de que os policiais também tenham recebido propina nas outras tentativas da facção de retomar o território, já que todas ocorreram quando o mesmo GAT estava de serviço. O dinheiro teria sido negociado com os policiais por um advogado da facção.
Tiveram as prisões decretadas os sargentos: Anderson Nandler S. do Nascimento, Fábio Costa da Silva, Antônio Carlos da Cruz, Ricardo Justino Lopes de Medeiros, Marcelo Augusto Cardoso Pereira, Marcelo Theodoro Miranda, Gilmar Baptista dos Santos, André Luiz Ferreira da Silva e Janderson Pereira Anacleto.
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Faltou por a carranca dos PMS, tem que expor para a sociedade saber quem são esses lixos que suja a corporação