O Brasil tem sinais bastante claros de intolerância religiosa e perseguição às crenças destoantes do comum.
Um mal que atinge o mundo todo, sendo causa de separação éticas, guerras e consequências desastrosas, a intolerância religiosa. consiste basicamente, na situação em que um indivíduo tem ideologias e atitudes que demonstram extrema falta de respeito pelas religiões com crenças e hábitos que sejam diferentes da que se acredita.
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O fato não se limita as grandes nações do oriente ou ocidente, em todos os confins do mundo a intolerância persiste, transformando a intolerância religiosa em uma perseguição desumana.
Trata-se, inclusive, de crime de ódio no Brasil, ferindo não só a liberdade, mas a dignidade humana, impedindo a liberdade de culto e de expressão previstas na Constituição Federal Brasileira, mas também na Declaração Universal dos Direitos Humanos.

Primeira Caminhada Inter-Religiosa pelo Fim da Intolerância
Magé, reduto de grande concentração de Casas de Candomblé, Centros Espíritas e outras religiões afins, registrou a dura realidade de intolerância religiosa, movimentando adeptos da crença a fazer uma manifestação na Praia de Mauá por conta do ato descriminatório.
Segundo relatos de participantes de um culto de oferendas na Guia de Pacobaíba, dia 25/11/2018. um vídeo foi postado nas redes sociais, em que um homem filmava outros dois homens realizando uma oferenda.
O vídeo em questão abriu discussões e vários comentários pertinente a Intolerância religiosa se desenvolveu em torno do assunto e em poucas horas, muitos internautas que sequer se conheciam, se conectaram por um único sentimento, indignação.

O homem que postou o vídeo ao perceber a indignação das pessoas, tratou rapidamente de retirar a gravação, permanecendo algumas imagens de fotos tiradas no local do culto.
Após o registro dos fatos, houve uma manifestação de solidariedade nas redes sociais e dos participantes das injúrias com outros adeptos da religião, que se reuniram para protestar em repúdio a intolerância sofrida.

Um chamamento foi feito e reuniu grande número de pessoas:
“Convido todos os irmãos e irmãs e adeptos e simpatizantes a religião de matrizes africanas para uma passeata contra intolerância religiosa.” Dizia o comunicado de um membro do grupo religioso. Uma proposta de passeata foi sugerida, em seguida a ideia de formar um grupo no WhatsApp, para decidir a data da Marcha contra a Intolerância Religiosa no município.
O evento marcado pelo protesto, aconteceu no mesmo local onde houve a ofensiva da Intolerância, abrindo um importante ato de iniciativa contra qualquer espécie de interferência contra a liberdade de culto religioso.
No Brasil, em teoria, estamos em um Estado Laico, ou seja, um Estado que possui posicionamento neutro com relação à religião e que se mantém imparcial com relação às diferentes religiões. Em teoria, o Brasil, portanto, separa Estado de Igreja, assegurando governabilidade sem influências por crenças ou costumes religiosos. É comum, entretanto, a intolerância religiosa no país, visto que somente no ano de 2014, foram registradas no Disque 100, pouco conhecido, 150 denúncias contra intolerância religiosa.

A maioria das vítimas de Intolerância religiosa no Brasil, são seguidores de religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda. Apesar disso, devemos mencionar que ateus, ou seja, pessoas que não creem e não seguem religiões, também podem ser alvo de intolerância religiosa.
Como acabar com a intolerância religiosa?
É difícil dizer como erradicar a intolerância religiosa no Brasil e no mundo. São muitas ideias conflitantes que acabam gerando discussões, brigas e tendo as mesmas consequências desta, e não estamos nem perto de encontrar a solução para isso. É preciso, entretanto, manter o debate sobre a intolerância religiosa sempre em alta, uma vez que um dos principais sentimentos que movem essa situação é o medo, justificado pela ignorância. Não conhecer as culturas e julgar como acredita ser acaba sendo uma das principais geradoras de revolta com relação às crenças diferenciadas.
A intolerância religiosa pode vir, ainda, acompanhada de outros tipos de discriminação, como gênero, língua, pertencimento, raça, entre outras diferenciações entre as pessoas. Uma das grandes exemplificações históricas das consequências da intolerância religiosa, foi a perseguição em massa aos Judeus.
Antonio Alexandre, Magé/Online.com
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