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Crime de tortura aconteceu em Guapimirim. Crianças de 4, 5, 9 e 10 anos chegaram a ter dedos da mão quebrados e marcas de mordida pelo corpo.
Um homem de 20 anos foi preso preventivamente suspeito de torturar os filhos de sua esposa. O crime aconteceu em Guapimirim, na Baixada Fluminense. As investigações apontam que as quatro crianças foram espancadas com um pedaço de madeira. O caso aconteceu após elas terem desobedecido uma ordem do padrasto para que não saíssem de casa.
O casal se relacionava há dois anos e os filhos são frutos de outros relacionamentos da mulher. Segundo a polícia, na sexta-feira, o homem teria feito o pedido às crianças de 4, 5, 9 e 10 anos , mas que não foi respeitado, o que lhe causou raiva. Tendo em vista que a esposa trabalha no município do Rio, e que fica fora de casa de segunda a sexta-feira ou seja, retornaria para casa naquele dia, ele esperou para que repreendesse os enteados quando a mãe não estivesse por perto.
No último dia 28, uma segunda-feira, por volta das 4h, o homem aproveitou o fato de a esposa ter saído para o trabalho e acordou os enteados. De acordo com a 67ª DP (Guapimirim), que investiga o caso, ele ordenou que as crianças se despissem, apesar do frio, e pegou um cabo de vassoura. Ele, então, passou a espancá-las até que a madeira se quebrasse.
O garoto de 9 anos, chegou a ter dois dedos da mão quebrados. A polícia conta também que o mais novo dos quatro irmãos teve o corpo mordido pelo homem que negou o fato.
Diante da tortura, as crianças teriam urinado e defecado no chão do quarto, momento esse em que o padrasto fez as duas mais velhas lamberem o chão até que secassem a urina. Ainda segundo as investigações, o homem ainda teria esfregado o rosto dos enteados nas fezes.
O crime foi descoberto pela avó materna, que estranhou o fato de os netos não terem ido à escola durante a semana. Na quarta-feira, ela resolveu ir à residência onde a filha mora para checar a situação. No local, foi informada por vizinhos que o genro teria agredido seus netos novamente naquela manhã. A denúncia à polícia foi feita pelo pai das duas crianças mais velhas, após ser avisado pela avó.
Em depoimento, as crianças afirmaram serem vítimas de violência durante boa parte do relacionamento do padrasto com a mãe delas. Os dois irmãos mais velhos alegaram que, constantemente, tinham seus rostos arrastados em fezes e terem que lamber urina. Eles também contaram que, quando agredidos, eram obrigados a ir à escola com calças e blusas de manga comprida. O relacionamento entre o homem e a mãe das crianças durou cerca de dois anos.
À polícia, o homem não negou as agressões e disse ter “perdido a cabeça” na última segunda-feira. Seu mandado de prisão foi expedido pela Vara Criminal da Comarca de Guapimirim.
